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Excesso de videogame pode trazer prejuízos, diz psicólogo da UFSCar

G1

O excesso de videogame pode prejudicar o desenvolvimento de atividades sociais relevantes, independente do tipo de jogo, de acordo com o psicólogo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Celso Goyos.

"Isso impede que a criança tenha contato com o desenvolvimento de habilidades mais socialmente relevantes para ela", disse.

Segundo ele, é importante que a criança ou adolescente pratique esportes e atividades sociais, como conversar com os amigos, estudar, andar de bicicleta ou jogar bola.

O psicólogo também comentou a relação entre os games violentos e comportamentos violentos. O neto que matou a avó nesta semana, em Pirassununga, costumava jogar esse tipo de jogo. "É extremamente difícil estabelecer essa relação. O indivíduo não vive isoladamente, já que por mais que ele dedique seu tempo ao jogo, ele faz outras coisas e está inserido em uma sociedade que é violenta. Isso não signifca que ela tem que ser aceita, mas tudo se resume a uma questão de educação", disse.

A pedagoga da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, Bianca Correa, explica que o excesso dos jogos de videogame deve ser evitado. “Se a criança for pequena ela pode tomar como normal algumas ideias. O adolescente sabe separar o que é realidade do que é fantasia. O problema é o tempo que eles passam jogando. Esses jogos mais violentos são muito movimentados e provocam um grau de excitação nas crianças fazendo com que elas queiram ficar mais tempo diante da televisão. Nesse caso, independente do conteúdo do jogo, ficar muito tempo é sempre um problema", disse.

Jogos educativos
Na UFSCar, o psicológo trabalha com jogos educativos para ajudar na aprendizagem de linguagem simbólica, leitura, fala e escrita. "Os jogos podem ajudar os jovens a aprender ciências, história ou matemática”, disse Goyos.
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