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Sem atitude, Tupi e Galo ficam

Globo Esporte

Pode-se dizer que o resultado era esperado, já que o empate por 0 a 0 classificava os dois times para as semifinais do Campeonato Mineiro, na mesma posição que iniciaram a última rodada da fase de classificação. O Atlético-MG terminou em primeiro e terá vantagens nas fases agudas da competição, enquanto o Tupi ficou em quarto, conquistou o título de campeão do interior e, agora, terá o próprio Galo pela frente na busca por uma vaga na final.

O primeiro tempo até que foi movimentado, com o time da casa criando algumas chances de gol, desperdiçadas por Ademílson e Léo Salino. Pouco inspirado, com desfalques e improvisações, o time de BH entrou em campo na torcida para o jogo terminar o mais rapidamente possível


Agora, os dois times voltarão a se encontrar no próximo fim de semana, mais uma vez em Juiz de Fora. A partida será válida pelo confronto de ida das semifinais do Estadual. Como se classificou em primeiro, o Galo da capital jogará por dois empates ou por uma vitória e uma derrota, desde que seja com a mesma diferença de gols.

Pressão ineficaz do Tupi

Mais habituado ao forte calor de Juiz de Fora, o Galo Carijó tratou de aprontar uma correria grande para cima do Atlético-MG. Com os desfalques e a improvisação de Réver na cabeça da área e com Luiz Eduardo do miolo de zaga, o time da capital apresentou sérios problemas na saída de bola.

Também com desfalques importantes, já que não contou com o lateral-esquerdo Michel e com o meia Michel Cury, Moacir Júnior escalou o zagueiro Fabrício Soares na esquerda e armou um falso 4-4-2, já que o jogador avançava pouco ao ataque e diminuía os espaços de Carlos César.

Com a camisa 10, atuou Henrique, que, com muita liberdade e em início de jornada inspirada, comandava o Tupi no campo de ataque. Em uma dessas jogadas, ele deixou Richarlyson no chão, cruzou para Allan, que ajeitou para batida fraca de Léo Salino.

Mas a grande chance do jogo foi criada pela dupla Allan/Ademílson. O primeiro deu belo lançamento para o companheiro, que saiu cara a cara com Giovanni. Já dentro da área, o atacante adiantou demais e deu tempo para o arqueiro mostrar que merece a condição de titular, já que fechou o ângulo e evitou o primeiro gol da partida.

A dupla de ataque do Carijó mostrou entrosamento mais uma vez, desta vez aos 35 minutos. Ademílson deu belo passe em diagonal para Allan, que, de primeira, rolou para o meio da área. Léo Salino teve tempo de ajeitar o corpo, mas, na hora do arremate, mandou fraquinho e facilitou a vida de Giovanni.

Pelo lado atleticano, o meia Bernard bem que tentava ataques em velocidade pela esquerda do ataque, mas Flávio e Sílvio o marcavam tão bem, que o jogador terminou a etapa inicial pela direita. Com a apatia dos responsáveis pela criação das jogadas do Galo de BH, o artilheiro André pouco tocou na bola nos primeiros 45 minutos, assim como Danilinho, que só apareceu quando levou cartão amarelo por ter colocado a mão na bola.

Jogo de compadres


O domínio do Tupi no primeiro tempo incomodou Cuca, tanto que, na volta do intervalo, ele fez duas mudanças. Saíram Rafael Marques e Escudero para as entradas de Lima e Neto Berola, respectivamente. Com isso, Réver passou a atuar na zaga, enquanto Lima foi improvisado no meio. Para conter os avanços de Flávio e as jogadas de Henrique, Richarlyson também ficou mais fixo no sistema defensivo. Além disso, Bernard voltou a buscar o ataque pelo lado esquerdo, assim como no início da partida.

Mesmo sem o sol forte da etapa inicial, o ritmo do jogo ficou mais lento, sobretudo por parte dos donos da casa, que correram muito. Nos primeiros 15 minutos, apenas uma boa chance para cada lado.

Henrique bateu escanteio na primeira trave, e Ademílson raspou de cabeça, mas mandou para fora. Pelo lado do Atlético-MG, Danilinho fez boa jogada pela direita, tocou para Berola, que rolou para Carlos César. O lateral pegou de primeira dentro da área, mas mandou muito longe da meta de Rodrigo.

Se já não tinha o mesmo fôlego, o Tupi também perdeu peça importante, já que o zagueiro Fabrício Soares saiu machucado para a entrada do volante Assis. A missão do jogador, marcar Neto Berola de perto. Como o time continuava sem criar grandes jogadas de ataque, Cuca resolveu queimar a terceira substituição aos 25 minutos, ao colocar Mancini no lugar de Danilinho.

Mas a partir daí o que se viu foi o conhecido “jogo de compadres”. Como o empate servia para os dois, os times passaram a tocar a bola de lado. Revoltados, os torcedores passaram a vaiar os dois times. Muitos preferiram tomar o caminho de casa antes dos 35 minutos, já que a partida não oferecia atrativos, além de uma forte chuva que se armava após a tarde ensolarada. Apesar de muito feio, o 0 a 0 agradou gregos e troianos, ou melhor, carijós e atleticanos que têm dois novos encontros pelas semifinais.
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