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Ideli nega orientação do Planalto para recuo sobre CPI do caso Cachoeira

G1

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta terça-feira (17) que não tem conhecimento de um possível "recuo" do governo no que diz respeito à instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários.

Segundo a ministra, a preocupação do governo é de que as votações de propostas consideradas relevantes não sejam prejudicadas. Nesta terça, Ideli esteve reunida com os líderes partidários do Senado a fim de negociar a votação da proposta de resolução 72/11, que unifica em 4% a alíquota do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrada sobre produtos importados em operações interestaduais. O governo acredita que tenha votos suficientes para aprovar a matéria, que deve ser votada em plenário entre esta terça e quarta-feira.

"Eu não tenho informação sobre recuo [da CPI]. Da nossa parte, estamos focados para fazer que as votações continuem dentro da normalidade [...] Semana passada tivemos uma semana bastante produtiva em termos de votação. Da nossa parte, a orientação é a normalidade e continuidade das votações", disse Ideli.

O líder do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Walter Pinheiro (PT-BA), afirmou que o grupo começará nesta terça a fazer as indicações dos nomes para compor a comissão.

Compõem o bloco 25 senadores do PT, PDT, PSB, PC do B e PRB. Nesta terça, o grupo se reúne ao meio-dia para definir os indicados e conferir as assinaturas dos senadores que apoiam a CPI. Para que o pedido de criação seja protocolado na Mesa do Congresso, são necessárias 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara. Só depois dessa etapa, a CPI será instalada e os membros oficializados (15 senadores e 15 deputados, com igual número de suplentes).

Os cargos mais cobiçados pelos partidos são os da presidência e da relatoria, que conduzem as investigações. Regimentalmente, esses cargos pertencem às maiores bancadas - PMDB, no Senado, e PT, na Câmara.

Segundo a Secretaria da Mesa, entre os 15 integrantes do Senado, o bloco da maioria (PMDB) terá direito a cinco indicações. Outras cinco vagas seriam do bloco do governo. Nesse bloco, uma vaga deve ficar com o senador Pedro Taques (PDT-MT).

O bloco União e Força, recém-formado no Senado por PTB, PR e PSC, tem direito a duas vagas. O líder do bloco, senador Gim Argello (PTB-DF), já anunciou a indicação dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Vicentinho Alves (PR-TO).
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