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“Não acredito em ameaça de morte”, diz José Riva sobre denúncia de Eder

Da Redação - Lucas Bólico

O deputado estadual José Riva (PSD) afirmou que não acredita em ameaça de morte ao comentar o caso do secretário demissionário Eder Moraes Dias (PR), que relatou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, no início da madrugada, que recebeu ameaças de morte quando entrava no condomínio em que mora, na capital.

“Eu não acredito em ameaça de morte. Estou na política há 30 anos e nunca ouvi ameaça de morte”, declarou o parlamentar. No entanto, Riva defende que o caso tem de ser investigado.

“Isso tem que ser investigado, ameaça é uma coisa fácil de se detectar”, disse o presidente da Assembleia Legislativa. Riva também minimiza os impactos político administrativos que podem ser causados pela demissão de Eder, às vésperas da Copa do Mundo.

“Não vejo crise nenhuma, governo é isso, entra um, sai outro”, relativizou.

Sem querer polemizar, Riva decidiu, manter-se neutro quanto à saída de Eder. “É uma questão de governo, e isso diz respeito ao governador, meu partido já entregou os cargos”, disse, mantendo o distanciamento.

“O Silval tomou a decisão, não dá para meter o bico nisso, o que ele fizer, a Assembleia Legislativa não deve dar opinião”, finalizou o presidente.

Vaga no TCE

Em entrevista concedida ontem ao Olhar Direto, Riva afirmou que “nem mesmo se Sérgio Ricardo (PR) desistir de assumir a vaga de indicação da Assembleia no Tribunal de Contas do Estado (TCE) – caso o conselheiro Alencar Soares vá disputar as eleições municipais em Barra do Garças – nós cederíamos a vaga para Eder Moraes (PR)”, sobre as notícias de que o secretário da Copa, por meio de plantação de boatos, tentara desarticular o ingresso de parlamentar republicano no TCE.

Ontem, Riva também havia preferido não polemizar sobre a então possível demissão do secretário da Copa

As ameaças

Eder Moraes Dias, afirmou que ele e sua família "correm sério risco de vida" e confirmou em entrevista ao Olhar Direto, no início da madrugada, que vai pedir proteção ao secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado.

"Há cerca de duas horas e meia, ou melhor, por volta das 21h, fui abordado na entrada do condomínio onde moro [Florais, na rodovia Cuiabá-Guia], por um motoqueiro, cuja moto não tinha placas, que me confirmou que corro sério risco de vida. Não temo ameaças, mas depois de conversar com minha esposa, decidi tornar público o 'recado'. porque posso estar no centro de uma situação política delicada", declarou Moraes Dias na ocasião.

O secretário afirmou que "pela primeira vez" teme por sua vida. "Por isso eu procurei o Olhar Direto, que funciona 24 horas. Estava com meus dois filhos quando fui abordado [pelo motoqueiro] e isso me preocupa muito. Posso até morrer, mas o Estado será responsável a partir de hoje por minha vida e pela vida de meus filhos e de minha mulher", acrescentou.

Sob forte pressão, Eder Moraes Dias declarou ainda que já entrou "em contato" com o secretário Diógenes Curado por volta de 00h25 para comunicar "sua apreensão".

"Ele (Curado) me pediu calma, mas estou com meu filho aqui ao meu lado, na sacada, e estou muito preocupado, porque Mato Grosso tem um histórico de queima de arquivo, e essa é uma realidade inegável. Mas eu não vou ficar calado, isso eu garanto", emendou Moraes Dias.



Atualizada às 09h59
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