Após ter declarado que não acredita nas denúncias do ex-secretário extraordinário para assuntos da Copa do Mundo, Eder Moraes, de ameaças de morte, o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva (PSD), ironizou que há necessidade de investigar quem teria o interesse nas supostas intimidações e sentenciou que quem fala demais acaba tendo problemas.

As manifestações públicas do ex-gestor da Secopa, para José Riva, apenas demonstram o perfil falante de Moraes que provocou desgaste em sua gestão e resultou no clima insustentável, com resultado final na exoneração.

“Esse diz-me-disse cria um clima insustentável. Qualquer secretário tem que falar menos”, ressaltou.

As declarações de ameaças de morte dadas ao Olhar Direto com exclusividade por Moraes movimentaram os bastidores de vários órgãos da política, pois em certo ponto nas denúncias foram sugeridos "tubarões" interessados em derrubá-lo do governo e até mesmo em intimidá-lo por ser um arquivo vivo. Entre os habitats desses tubarões, estaria a própria Assembléia.

Moraes chega a declarar que a partir de agora o Estado é o responsável por sua vida, já que infelizmente Mato Grosso tem um histórico com queima de arquivo, sugerindo que poderosos e figurões tenham motivações para evitar que se manifeste. Declarações como essa, no entanto, para o presidente da AL, devem ser contidas, principalmente em momentos de crise.

“O Eder tem todo o direito de falar o que quiser, mas momentos como esse não são para se falar muito”, sugeriu.

Entretanto, apesar do suposto embate criado no entorno das duas Casas por interesses escusos a respeito de negociações de vaga do Tribunal de Contas do Estado, conforme apontam denúncias, o parlamentar é mais apaziguador e esclarece que houve erros e acertos realizados à frente da Copa do Mundo, além de enaltecer a competência na Secretaria de Fazenda.




Atualizada às 14h38