Imprimir

Notícias / Brasil

Jovem precisa de remédio de R$ 400 mil para fazer transplante de medula

G1

O estudante Johnny Lucas Figueiredo, 16 anos, tem leucemia e há uma semana conseguiu um doador de medula para fazer o transplante. No entanto, ele precisa de um remédio de R$ 400 mil para controlar o nível de células cancerígenas antes de passar pelo procedimento. No dia 29 de fevereiro, a Justiça determinou que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) comprasse o medicamento para o rapaz, o que segundo a família ainda não ocorreu.

A Secretaria Estadual de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou ao G1 que a compra de remédios de fora do país é um processo burocrático, mas que já foi concluído. No entanto, ainda falta efetivar a importação. O prazo para a chegada do remédio não foi informado.

A doença do jovem foi descoberta há quatro anos. Desde então, segundo a sua mãe, Glauce Figueiredo, muita coisa mudou na casa da família que mora em Campo Grande.

“É outro mundo, outra realidade. De repente você se depara com uma pessoa que você ama muito com câncer e sem nenhum tipo de informação. Muitos só conhecem o problema quando ele chega no quintal. A nossa vida mudou muito, passei a cuidar dele e foi todo um processo de quimioterapia, de internações, de muita luta mesmo”, relatou Glauce.

Por conta da doença, Johnny teve que parar os estudos. Há um ano, perdeu parte da visão. “Eu passei a valorizar coisas insignificantes aos olhos de quem sempre teve isso tão fácil”, ressaltou o jovem.

O problema
Além de determinar a compra do medicamento, que é importado dos Estados Unidos, o juiz deu prazo de cinco dias para que a ordem fosse cumprida e estabeleceu multa em caso de desobediência. O pai do jovem, Johnny Figueiredo, contou que a esposa já foi várias vezes buscar o remédio. “Só tem ordem de compra. Nós ficamos tristes, pois meu filho está com a cura, está saindo desse trecho difícil e só não consegue por causa de um remédio", diz.

Família e amigos do jovem dizem estar preocupados. Alguns cortaram o cabelo em solidariedade a causa, como a tia do estudante Irene França Duarte. "Estamos fazendo o possível, todo mundo se reuniu. Quem puder, ajude por favor”, relata a mulher.

O jovem diz acreditar que essa situação terá um final feliz e afirma que pretende escrever um livro contando sua história. “Vai dar uma história muito boa. Dentro dessa trajetória de três anos, tem muita história para contar”, disse Figueiredo.
Imprimir