Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal e de um processo no Conselho de Ética, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) compareceu nesta quarta (17) à sessão do Senado, após um período de afastamento do plenário, onde permaneceu por cerca de 15 minutos.

Investigação da Polícia Federal indica que Demóstenes usou o mandato em favor do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal em fevereiro sub a acusação de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás.

"Estou retomando os trabalhos aos poucos", disse o senador. Devido às denúncias, Demóstenes renunciou à liderança do DEM na Casa e depois pediu desfiliação do partido.

O senador responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa, o que pode levar à cassação do mandato.

Nesta quarta, ele afirmou que não pretende usar a tribuna do Senado antes de apresentar sua defesa no Conselho de Ética, o que está previsto para o dia 25. "Depois do Conselho eu vou falar", afirmou o senador.

Logo que chegou ao plenário, o senador recebeu abraços de parlamentares que estavam no plenário. A última aparição de Demóstenes no Senado havia sido no último dia 12, no Conselho de Ética, quando afirmou que provaria sua inocência.

"Farei minha defesa por escrito e depois de forma mais contundente pois serei questionado pelos membros conforme o regimento interno da Casa. [...] O que tem de ser feito judicialmente vai ser feito. Aqui, quero me defender no mérito. Ainda não tive oportunidade de fazer. Eu farei e provarei que sou inocente", afirmou Demóstenes na ocasião aos integrantes do Conselho de Ética.