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Kuwait elege quatro mulheres como deputadas pela primeira vez em sua história

Folha Online

Quatro mulheres kuwaitianas obtiveram pela primeira vez na história do país cadeiras nas eleições legislativas realizadas anteontem no país. Saiba quem são elas:

Uma das novas deputadas é a ex-ministra de Saúde Pública Masuma al Mubarak, que se demitiu em agosto de 2007 após vários deputados terem declarado que queriam interrogá-la acerca de supostos casos de negligência na administração de seu ministério.

Al Mubarak já havia entrado para a história política do país em março de 2007 quando se tornou, juntamente com Nuriya Sobeih, que assumiu a pasta de Educação e Ensino Superior, a primeira mulher a ser nomeada ministra.

Outras duas eleitas são as candidatas liberais Aseel al-Awadhi e Rula Dashti, que estudaram nos EUA. Awadhi foi a segunda colocada e Dashti, sétima.

Rula Dashti é economista, atuou pelo direito das mulheres e por reformas econômicas e democráticas. Ela foi a primeira mulher a ser eleita a uma cadeira na Sociedade de economia Kuwaitiana. Dashti foi listada no ano passado pelo "Financial Times" como uma das 20 mulheres árabes mais proeminentes.

Aseel al-Awadhi é professora de Filosofia na Universidade do Kuwait. Ela concorreu nas eleições de 2008, em coligação com o bloco parlamentar da Aliança Democrática Nacional e chegou em 11º lugar, apenas um lugar atrás dos 10 candidatos que assumem a vaga.

Salwa al-Jassar é professora de Educação na Universidade do Kuwait. Também educada nos EUA, Jassar é ainda ativista pelos direitos das mulheres e presidente da ONG Women's Empowerment Center. Assim como al-Awadhi, ela também havia concorrido nas eleições de 2008, sem sucesso.

Até hoje, a Câmara legislativa do conservador emirado do Kuwait, a única democracia parlamentar do Golfo Pérsico, havia sido tradicionalmente controlada por homens.

O Kuwait é dividido em 10 circunscrições eleitorais, as quais elegem 10 deputados cada uma.

Essas eleições antecipadas foram convocadas após a dissolução do Parlamento, em março, pelo emir, xeque Sabah al-Ahmad Al-Sabah, pela terceira vez desde maio de 2006, devido a sucessivas desavenças entre os legisladores e o governo.
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