Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, afirmou neste domingo que não acredita ser possível adaptar dois regulamentos para as equipes na temporada 2010 da categoria.

A ideia proposta pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) era de beneficiar as escuderias que aderissem à proposta do teto orçamentário de 40 milhões de euros (cerca de R$ 112 mi). As equipes que optassem por gastar à vontade teriam algumas restrições nas provas, o que poderia diminuir seu rendimento nas pistas.

Entretanto, a ameaça de diversos times de abandonar a principal categoria do automobilismo caso essa medida seja adotada levou Ecclestone a repensar o novo regulamento e acenar com a possibilidade de adotar medidas iguais para todos os times.

"A coisa que mais desagrada às equipes é a possibilidade do regulamento duplo, então penso que não vamos ter isso. Devemos ter só um sistema de regras", afirmou o dirigente à "BBC".

"Penso que todos estão mais ou menos contentes com o teto orçamentário. Ele pode ser de 40 milhões de euros ou mais. É só um caso de ajuste", completou Ecclestone, que enfatizou a necessidade de estabelecer uma regra padrão para todos os times.

"Todos correrão com as mesmas regras. Estou muito confiante de que todas as equipes estarão conosco no próximo ano", minimizou, descartando a hipótese de times como a Ferrari cumprirem a ameaça de deixar a categoria em 2010.

Além da Ferrari, na terça, e Renault, na quarta, Toyota e a dupla Red Bull/Toro Rosso também disseram que não pretendem continuar na F-1 por conta da nova regra, que diz que o time que se submeter ao limite receberá vantagens técnicas, como utilizar asas móveis e contar com um motor sem limite de giros, além de poder testar seus carros durante todo o ano.