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Rio tira quase 100 carros enguiçados das ruas todos os dias

G1

O já tumultuado trânsito do Rio de Janeiro fica ainda pior com os veículos enguiçados. De acordo com o levantamento feito pela Coordenadoria de Engenharia e Tráfego do Rio (CET-Rio), a pedido do G1, cerca de 100 carros enguiçam diariamente nas principais vias da cidade. Nos locais de grande fluxo de veículos, como as vias expressas e os túneis, um time de agentes fica 24 horas de prontidão para rebocar os carros e diminuir o transtorno no trânsito.

Em algumas vias é proibido o uso de reboque particular. Nesses casos, o veículo só pode ser retirado pelo guincho da CET-Rio, que leva o veículo enguiçado para um posto de serviço da companhia de tráfego. O carro pode ficar no local pelo tempo máximo de 24 horas. Após o período, o veículo é levado para o pátio da prefeitura e só pode ser retirado mediante pagamento de multa.

O reboque da CET-Rio é acionado pelo telefone 0800 2828 664 ou por radiotransmissores dos agentes de trânsito, que ficam espalhados nas ruas.

Em determinados locais, há câmeras de monitoramento conectadas aos postos da CET-Rio, que informam a presença dos veículos parados. As razões mais comuns para os enguiços são panes elétricas, mecânicas e falta de combustível.

Motoristas x reboques
O carro do carpinteiro Fábio dos Santos, de 31 anos, parou de andar na Linha Vermelha, em meio ao engarrafamento, na saída para o feriado prolongado do Dia do Trabalhador. Acompanhado de mais três amigos, ele conseguiu empurrar o veículo até uma cabine da Polícia Militar, na altura de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. No local, outros dois carros, também enguiçados, aguardavam a chegada do reboque.

“Estou esperando há 40 minutos o guincho e ainda tem outros dois carros na minha frente. Liguei para um amigo meu, que tem moto, e pedi que ele trouxesse o mais rápido possível a peça que quebrou. Espero trocar aqui mesmo, acho que vou perder menos tempo do que aguardando a chegada do reboque”, disse o carpinteiro.

O técnico em sistemas de controle, Márcio Aguiar, também reclamou da demora do reboque. Ele conta que entrou em desespero, quando percebeu que seu carro estava com problemas elétricos.

“Parei próximo a uma cabine da PM, porque quando o carro enguiça à noite, a gente já pensa logo que vai virar alvo fácil dos bandidos. Vou aguardar o reboque dentro do carro, porque se eu sair, ainda corro o risco de ser atropelado por alguma moto”, reclamou Márcio, que enguiçou o carro na Linha Vermelha.

O motorista diz que não conseguiu ligar de seu celular para o 0800 da CET-Rio. Ele conta que entrou em contato com parentes e pediu que ligassem para a CET-Rio de um telefone fixo. “Meu padrasto ligou e eles disseram que o reboque viria me atender, mas não estimaram o tempo de atendimento”, falou Márcio.
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