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México pede compensação à OMS por perdas causadas pela gripe suína

Folha Online

O ministro mexicano da Saúde, Genebra, José Ángel Córdova, pediu nesta segunda-feira a criação de um fundo de compensação que permita ao México superar as perdas econômicas causadas pela epidemia de gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1) no país --que afastou, principalmente, os turistas.

"Este fundo será utilizado para compensar aos países que notifiquem de maneira oportuna possíveis eventos de saúde pública de importância internacional, como uma maneira de incentivar a transparência e cooperação internacional em questão sanitária", disse Córdova, acrescentando assim que o fundo seria uma recompensa pelo alerta de gripe suína feito pelo México.

Em reunião na assembleia anual da OMS (Organização Mundial de Saúde), Cordóva afirmou que o fundo pode vir de organismos financeiros multilaterais como o Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional).

Discriminação

Córdova afirmou ainda que seu país atuou com transparência diante do surto da gripe suína e que, em troca, se deparou com medidas discriminatórias.

"O México cumpriu sua responsabilidade, observou toda a transparência, trocou informações constantemente e adotou rapidamente medidas de controle bem-sucedidas", disse o ministro.

Porém, destacou, apesar de ter adotado rapidamente medidas para frear a propagação do vírus, o México se deparou com medidas discriminatórias contra sua população, "bloqueio a produtos mexicanos e tratamento diferenciado com consequências negativas para a economia nacional".

Segundo o ministro, entre o fim de março e o começo de abril, as autoridades de saúde do México começaram a notar uma frequência incomum de casos de gripe comum e da Síndrome Respiratória Aguda e Severa (Sars).

Só em 26 de abril o Governo mexicano, com a ajuda de um laboratório do Canadá, conheceu "o novo vírus e decretou um alerta de epidemia" para a gripe suína.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória transmitida de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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