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Substância tóxica proibida usada no plástico altera mamas de macacas

G1

Fêmeas de macaco rhesus expostas à substância química bisfenol A desenvolveram alterações nas glândulas mamárias, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (8), na revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências.

O bisfenol A (ou BPA) é uma substância usada na produção de plástico e resinas encontrada em embalagens de alimentos e produtos de consumo.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de mamadeiras com BPA a partir de 2012, seguindo orientações já adotadas por Canadá e União Europeia.

Estudos anteriores mostraram que camundongos que foram expostos a baixos níveis da substância tiveram a estrutura da glândula mamária alterada e tiveram maior risco de lesões pré-cancerígenas.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores liderados por Ana Soto, da Faculdade de Medicina da Universidade Tufts, em Boston, alimentaram as fêmeas de macacos-rhesus com uma porção diária de fruta contendo bisfenol A, durante o período de gestação equivalente ao terceiro trimestre de uma gestação humana.

Ao comparar a estrutura das glândulas mamárias das macacas expostas à substância com outras fêmeas da espécie que não tiveram contato com a substância, os cientistas concluíram que o bisfenol A afetou a densidade das células da pele da mama, fator relevante para o risco de câncer em humanos.

A densidade da mama também estava significativamente maior nas macacas expostas ao bisfenol A e todo o desenvolvimento da glândula mamária foi mais avançado comparado com macacas que não foram expostas.
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