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Desembargadora considera absurdo que policial militar não possa fazer greve

De Brasília - Vinícius Tavares

A desembargadora Salete Maccalóz, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considera absurda a prisão dos policiais militares e bombeiros envolvidos em movimentos grevistas no Rio de Janeiro e Bahia. A magistrada participou nesta terça-feira (08) de audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal para debater a valorização dos trabalhadores na área de segurança pública.

Salete Maccalóz questiona os argumentos usados pela PM e pelo Corpo de Bombeiros para manter os militares presos por tanto tempo.

"O direito de greve pode ser estendido aos policiais. O artigo 142 da Constituição Brasileira apresenta uma interpretação dúbia quanto ao direito de greve. É um absurdo policial não poder fazer greve. Ele é um trabalhador como qualquer outro", apontou.

O assunto foi debatido por policiais militares e civis, bombeiros e parlamentares ligados ao setor de segurança pública e magistrados. O estabelecimento de um piso nacional para os policiais militares e bombeiros com melhores condições de trabalho foi o mote da reunião.

"Ficou claro aqui a importância da aprovação da PEC 300 para garantir a valorização dos policiais. Todos precisam de moradia e de um salário digno para pagar a educação e a formação dos seus filhos", argumentou o deputado federal suplente cabo Juliano Rabelo (PSB-MT).

Os debatedores pediram anistia aos policiais militares e bombeiros que estão presos depois de participar de movimentos grevistas no Rio de Janeiro e Bahia. Onze bombeiros e oito policiais militares já foram excluídos dos quadros da PM fluminense. Na Bahia, 15 bombeiros estão em processo de exclusão e outros três já foram banidos da corporação.




Atualizada às 18h42
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