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Presidente do Parlamento britânico pede desculpas por escândalo

Folha Online

O presidente da Câmara Baixa do Parlamento britânico, Michael Martin, pediu desculpas nesta segunda-feira pelo escândalo sobre uso indevido de dinheiro público por parte dos parlamentares, porém resistiu aos pedidos para que renunciasse ao cargo.

"Nós todos precisamos aceitar nossa culpa e sinto profundamente por ter contribuído com a situação", disse Martin, que tem, entre suas atribuições, administrar o Parlamento como um todo. "Todos temos uma enorme responsabilidade pelos danos terríveis à reputação desta casa. Devemos fazer todo o possível para reconquistar a confiança do público."

Michael Martin, chefe do Parlamento
O escândalo foi revelado pelo jornal britânico "Daily Telegraph" que revelou fraudes em pedidos de reembolso feitos pelos parlamentares.

Entre as medidas que Martin prometeu tomar para reverter o escândalo está a convocação de uma reunião dentro de 48 horas entre ele, o primeiro-ministro Gordon Brown, líderes dos partidos e outros integrantes do Parlamento para discutir reformas no sistema de reembolsos para os parlamentares e outras questões que geraram polêmica entre os britânicos.

Martin é considerado a voz que representa a Câmara dos Comuns e, por convenção, não é alvo de críticas por parte dos outros parlamentares, muito menos de líderes de partidos. No entanto, nesta segunda-feira, vários parlamentares desafiaram Michael Martin abertamente, pedindo sua saída.

Brown não se pronunciou sobre se apoia ou não Martin e afirmou que "a decisão sobre quem é o presidente é uma questão para a Câmara dos Comuns, nunca deve ser uma questão do governo". A última vez que um presidente do Parlamento foi obrigado a deixar o cargo foi em 1695, quando John Trevor foi considerado culpado pelo Parlamento por aceitar um suborno.
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