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Notícias / Meio Ambiente

Antes da Rio+20, entidades e governo do Estado redigem Carta da Amazônia

Da Redação - Renê Dióz

A Carta da Amazônia, documento com diretrizes e propostas para o desenvolvimento sustentável da região, começou a ser redigida na manhã desta quinta-feira (10) em Mato Grosso. Representantes de entidades civis ambientalistas, de produtores rurais, comunidades tradicionais e indígenas, além de organizações não governamentais (Ongs), organizaram-se em oficinas de trabalho para, até amanhã, redigir o documento que guiará a delegação mato-grossense na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.

O vice-governador Chico Daltro (PSD) explicou que, antes da Rio + 20, o documento será levado para uma rodada de negociações em Manaus para contribuir na preparação da Carta da Amazônia em sua versão final, contribuição da região (composta por nove Estados do país) para os temas a serem debatidos e deliberados na Conferência Rio +20, no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho. A conferência das Nações Unidas deve definir a agenda global no que concerne o meio ambiente, tal como o fez a Rio-92.

“A participação de Mato Grosso lá na rodada de Manaus, que vai definir a Carta da Amazônia, é fundamental. Somos um dos maiores produtores de alimentos para o mundo. O desafio é uma busca permanente do equilíbrio entre preservação e produção. Toda estrutura do governo do Estado está interagindo com a sociedade organizada representada para construir a participação de Mato Grosso primeiro na Carta da Amazônia e depois no Rio +20”, anunciou Daltro momentos antes do início dos trabalhos.

Supervisionados pelo governo do Estado, os grupos de trabalho responsáveis por definir o discurso de Mato Grosso na discussão global da sustentabilidade estão divididos de acordo com os temas considerados prioritários pela Organização das Nações Unidas (ONU), cada qual com seus representantes: Iniciativa Privada, Trabalhadores e Sindicatos, Mulheres, Crianças e Juventude, Agricultores, Povos Indígenas, Autoridades Locais, Ongs, Comunidade Científica e Tecnológica.

Fóruns e comitês estão engajados na sistemática, entre eles o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), o Fórum Mato-grossense de Mudanças Climáticas (FMMC), o Comitê da Juventude, o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), o Conselho Estadual de Desenvolvimento Empresarial (Cedem), o Fórum Estadual de Turismo, a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA).

“A sustentabilidade é o caminho, é o rumo. O contexto global é a economia verde, que passa pela sustentabilidade, onde você tem produção responsável, consumo consciente e indicadores sociais com qualidade de vida para a população”, resumiu o secretário estadual de Meio Ambiente, Vicente Falcão.

Falcão esclareceu que, embora exista um foco nas preocupações a respeito do bioma amazônico, os demais biomas mato-grossenses (cerrado e Pantanal) estão devidamente representados nas discussões dos grupos de trabalho e estarão contemplados na Carta da Amazônia.
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