Como já era esperado, o assunto Paulo Miranda tomou conta da coletiva do técnico Emerson Leão, do São Paulo, nesta terça-feira, véspera da partida contra o Goiás, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Afastado da equipe após a derrota por 3 a 1 para o Santos, na semifinal do Campeonato Paulista, o defensor ficou fora dos dois duelos contra a Ponte Preta, pelas oitavas da competição nacional, e, tão logo foi liberado pela diretoria para voltar, teve sua escalação confirmada pelo treinador.

Quando questionado se estava pressionado por bancar o retorno do atleta, Leão partiu para o ataque.

- Se escalar um jogador que estava previamente escalado é estar na berlinda, eu quero continuar assim. Se o comandante não tem pulso para comandar um atleta, para que ele está aqui? Paulo Miranda tem a confiança no treinador e o treinador tem a confiança não só ele, mas com todos que são escalados. Todos são iguais, todos podem errar - afirmou.

Na sua fala seguinte, Leão deu uma estocada na diretoria de futebol, que foi a responsável pela contratação de Paulo Miranda. Quando o treinador assumiu o clube, em outubro de 2011, o beque, então no Bahia, já tinha um pré-contrato assinado.

- O mundo todo tem uma política diferente de atletas. Tenho o prazer de bancar o jogador porque, se contrataram, é porque tinha qualidade. Se mostra qualidade nos treinamentos, se sempre atuando no seu máximo, tem de jogar.

Paulo Miranda trabalhou normalmente com os companheiros na manhã desta terça-feira, no CT da Barra Funda. O defensor voltará a formar dupla com Rhodolfo, mas entrará em campo pressionado, sabendo que, se falhar novamente, não vestirá novamente a camisa da equipe do Morumbi. Durante o período em que ficou afastado, Paulo despertou interesse do Bahia, que chegou a procurar seu empresário, Bruno Balsinelli. O agente, no entanto, optou pela permanência do jogador no São Paulo.