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CPI vota nesta terça requerimento para convocar Roberto Gurgel

G1

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o elo entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, afirmou que será colocado em votação na sessão desta terça-feira (15) o requerimento que pede a convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A reunião da comissão acontece na tarde desta terça.

O requerimento que pede o comparecimento de Gurgel é de autoria do senador Fernando Collor (PTB-AL). Integrantes da Comissão defendem a convocação do procurador, sob o argumento de que, em 2009, ele não tomou providências ao receber o inquérito da Operação Vegas, que investigava prática de jogo ilegal e já mencionava o envolvimento de políticos.

"Inicialmente votaremos o [requerimento] Ministério Público. É aquele do Collor sobre o Gurgel e o que tiver de Ministério Público. Eu pretendo acabar com esta tensão e retomar a CPI dentro do prazo determinado. Quero resolver de forma técnica esta questão do MP", afirmou o presidente da CPMI.

Gurgel argumenta que, como acusador no caso, não pode falar em depoimento à comissão sob pena de ser afastado do processo. Para o relator Odair Cunha (PT-MG), o procurador não precisa necessariamente ser convocado à CPMI e pode se explicar por escrito.

A votação dos requerimentos foi a alternativa encontrada pelo presidente após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que adiou o depoimento do contraventor no Congresso. A oitiva na CPI estava marcada para as 14h, mas o ministro do STF Celso de Mello decidiu pelo adiamento ao julgar o pedido do advogado do bicheiro, Márcio Thomaz Bastos, para que ele não fosse ouvido antes de ter acesso ao inteiro teor dos documentos obtidos pela comissão.

A primeira alternativa do presidente e do relator da CPMI, Odair Cunha (PT-MG), foi tentar antecipar o depoimento dos procuradores que comandaram a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que investigou a quadrilha de jogo ilegal. O depoimento dos procuradores estava marcado para a última terça, mas foi adiado para a próxima quinta-feira (17).

"Eu não podia exigir que eles viessem hoje, eu tendo que ter rearrumado a agenda às 8h da noite. Era demais eu pedir para eles retomarem uma agenda 8 horas da noite. Eu não tenho nem que lamentar a ausência dos procuradores hoje aqui. O que eu vou fazer é aproveitar, resolver os requerimentos que precisam ser analisados e na quinta eu ouço os procuradores", disse o presidente.
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