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Notícias / Economia

Bovespa retoma patamar dos 52 mil pontos; dólar bate R$ 2,04

Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) volta ao patamar dos 52 mil pontos, próxima de zerar as perdas apuradas desde o início da pior fase da crise mundial. Analistas destacam o fluxo de recursos estrangeiros que impulsiona a Bolsa, em um novo dia com agenda econômica sem indicadores mais influentes. No front doméstico, a notícia do dia é a fusão entre os maiores fabricantes de alimentos do país. A taxa de câmbio recua para R$ 2,04, menor preço desde outubro do ano passado, mesmo após ação do Banco Central.

O Ibovespa, índice que reflete as ações mais negociadas da Bolsa paulista, avança 1,14% e atinge os 52.051 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,81 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,27%.

O dólar comercial foi cotado por R$ 2,043, em baixa de 1,58%. A taxa de risco-país marca 311 pontos, número 2,50% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central já promoveu um leilão de compra de moeda entre 12h18 (hora de Brasília) e 12h28, aceitando ofertas por R$ 2,057.

Entre as principais notícias do dia, a Sadia e a Perdigão confirmaram notícia adiantada pela Folha sobre a fusão entre as duas maiores fabricantes de alimentos do país. Segundo o comunicado ao mercado, o acordo foi aprovado pelos Conselhos de Administração das duas empresas e ainda precisa passar por adesão dos acionistas de ambas.

As ações das duas empresas, que foram negociadas com fortes altas enquanto havia somente notícias esparsas das negociações, sofrem quedas no pregão desta terça-feira. A ação preferencial da Sadia retrai 1,31% enquanto a ação ordinária da Perdigão cede 4,02%.

Nos EUA, o Departamento de Comércio afirmou que a construção de casas e apartamentos teve queda de 12,8% em abril, para uma cifra total de 458 mil unidades, abaixo da cifra total de 530 mil projetada por economistas do setor financeiro. Trata-se do nível mais baixo desde 1959.

O mercado reage bem às notícias de que algumas instituições bancárias começam a devolver recursos federais recebidos em meio à pior fase da crise dos créditos "subprime". Dois dois maiores bancos dos Estados Unidos, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley, enviaram ao governo americano uma proposta para devolver até US$ 20 bilhões dos empréstimos concedidos.

Ontem, o Lloyds Banking Group já havia anunciado uma captação bilionária de recursos para reembolsar o governo britânico, seu principal acionista.
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