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CPMI convoca empresário que mantém contrato com Mato Grosso

De Brasília - Marcos Coutinho

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura as ligações de políticos com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acaba de aprovar requerimento convocando o dono da Companhia Rio Tocantins (CRT), empresa que mantém contratos com o governo de Mato Grosso.

O requerimento é de autoria do deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) e do senador Pedro Taques (PDT-MT). A CRT seria controlada por Carlinhos Cachoeira, investigado pela comissão por manter uma rede de jogos ilegais no Estado de Goiás e de ter ligações com lideranças políticas expressivas no âmbito dos três poderes.

Rossine Aires Guimarães, dono da empresa CRT, terá de prestar esclarecimentos sobre supostas ligações com Cachoeira. Reportagem recente da revista Época denunciou ligações do governo do Estado de Mato Grosso com empresas ligadas ao contraventor Carlnhos Cachoeira.

Contratos firmados pelo governador Silval Barbosa (PMDB) com a empresa Construtora Rio Tocantins (CRT), de Rossine Aires Guimarães, que, à semelhança da empreiteira Delta, de Fernando Cavendish, foi utilizada por Cachoeira em negociações escusas em diversos Estados do país.

De acordo com a revista, a CRT possui contratos com o governo em Mato Grosso para prestação de serviços nas loterias do Estado, no aluguel de carros e na execução do programa federal de habitação “Minha Casa, Minha Vida”.

“Até 2010, a CRT não tinha nenhum contrato com o governo de Mato Grosso. Depois da posse do governador Silval Barbosa (PMDB), a CRT melhorou de vida. Primeiro foi contratada, sem licitação, para executar serviços emergenciais numa rodovia estadual não pavimentada.

“Em agosto do ano passado, a empreiteira conseguiu um contrato para alugar 900 carros para o governo de Mato Grosso por um ano, por R$ 70 milhões. O governo de Mato Grosso diz que o contrato foi cancelado depois que o escândalo Cachoeira eclodiu”, registra a matéria, assinada por Andrei Meirelles, Murilo Ramos e Leonel Rocha.

Grampos da Polícia Federal indicaram que Cachoeira também nutria interesse por controlar a Loteria do Estado de Mato Grosso. O contraventor também é acusado de manter relações promíscuas com a empresa Delta, que aluga veículos para o Estado de Mato Grosso e realizou diversas obras.

"Em conversas gravadas pela PF, Carlinhos Cachoeira afirma que usará a CRT como alternativa à Delta em negócios com administrações públicas”, complementam os parlamentares no requerimento.

Além disso, apontam que até 2010, a CRT não tinha nenhum contrato com o governo de Mato Grosso. No entanto, foi contratada, sem licitação, para executar serviços emergenciais numa rodovia estadual não pavimentada e, em agosto do ano passado, conseguiu um contrato para alugar 900 carros para o Governo, por R$ 70 milhões.

Na manhã desta quinta, os membros da CPI deram início à votação de uma sequência de requerimentos para quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de uma série de pessoas acusadas de relação com o contraventor goiano.

Entre os pedidos já aprovados estão os referentes ao engenheiro Cláudio Dias de Abreu, ex-diretor da Delta Engenharia, e a Geovani Pereira da Silva, acusado de ser contador responsável pela movimentação de todo o dinheiro da organização chefiada por Cachoeira.


Mais informações em instantes. Atualizada às 12h45

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