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PMDB se tornou 'homologador' de decisões do PT, diz Nelson Jobim
G1
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim afirmou nesta quinta-feira (17), em discurso no Fórum Nacional do PMDB, que o partido “não tem posição” e se tornou “homologador” de decisões do PT.
Diante do vice-presidente da República Michel Temer, presidente licenciado do partido, Jobim criticou o fato de o PMDB ter aderido aos últimos governos sem sequer ter tentado alcançar a Presidência da República.
“O PMDB não corre riscos desde 1989. Não temos posições e ficamos sempre à deriva de um auxílio homologatório”, disse.
O ex-ministro contou que uma vez perguntou a Temer qual era a relação dos ministros do PMDB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa escala de zero a dez. “Ele disse que era dez. Então, eu perguntei qual era a relação dos ministros do PMDB entre eles: zero. Fui além e perguntei qual era a relação dos ministros com as bases na Câmara e no Senado: na margem de zero. E perguntei qual era a relação com a direção do partido: zero”, relatou Jobim.
Segundo Jobim, não há diálogo com os ministros porque o partido não tem “posição própria”. O ex-ministro afirmou que o governo do PT sempre cobra “lealdade” por parte do PMDB sem deixar que a sigla participe das decisões políticas.
“Nós nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos, e depois é cobrada lealdade daquilo que não conhecemos”, disse.
O ex-ministro ainda que os líderes do PMDB façam o partido ter "cara e voz". "Queremos ter cara e voz, porque quem não tem cara e voz se curva. E quem curva-se toma um pontapé", disse.
O discurso de Jobim foi muito aplaudido pela plateia. O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tentou minimizar as críticas feitas pelo ex-ministro.
"O PMDB é grande e é natural que haja divergências em torno das nossas alianças. Mas na hora das eleições. a unidade do partido aparece sempre ou quase sempre", disse.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que é "positivo" haver divergências dentro do partido. "O PMDB é grande e complexo. Esse exercício de colocar contradições é positivo", disse.
Segundo o senador, apesar das críticas de Jobim, o PMDB "vive, do ponto de vista interno, um momento de grande unidade".
Diante do vice-presidente da República Michel Temer, presidente licenciado do partido, Jobim criticou o fato de o PMDB ter aderido aos últimos governos sem sequer ter tentado alcançar a Presidência da República.
“O PMDB não corre riscos desde 1989. Não temos posições e ficamos sempre à deriva de um auxílio homologatório”, disse.
O ex-ministro contou que uma vez perguntou a Temer qual era a relação dos ministros do PMDB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa escala de zero a dez. “Ele disse que era dez. Então, eu perguntei qual era a relação dos ministros do PMDB entre eles: zero. Fui além e perguntei qual era a relação dos ministros com as bases na Câmara e no Senado: na margem de zero. E perguntei qual era a relação com a direção do partido: zero”, relatou Jobim.
Segundo Jobim, não há diálogo com os ministros porque o partido não tem “posição própria”. O ex-ministro afirmou que o governo do PT sempre cobra “lealdade” por parte do PMDB sem deixar que a sigla participe das decisões políticas.
“Nós nos tornamos homologadores de decisões das quais não participamos, e depois é cobrada lealdade daquilo que não conhecemos”, disse.
O ex-ministro ainda que os líderes do PMDB façam o partido ter "cara e voz". "Queremos ter cara e voz, porque quem não tem cara e voz se curva. E quem curva-se toma um pontapé", disse.
O discurso de Jobim foi muito aplaudido pela plateia. O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tentou minimizar as críticas feitas pelo ex-ministro.
"O PMDB é grande e é natural que haja divergências em torno das nossas alianças. Mas na hora das eleições. a unidade do partido aparece sempre ou quase sempre", disse.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que é "positivo" haver divergências dentro do partido. "O PMDB é grande e complexo. Esse exercício de colocar contradições é positivo", disse.
Segundo o senador, apesar das críticas de Jobim, o PMDB "vive, do ponto de vista interno, um momento de grande unidade".