Pela primeira vez na era dos pontos corridos (desde 2003), o Inter entra no Brasileirão sem nenhuma competição paralela. E, para tentar conquistar o quarto título do nacional, o clube pode tirar proveito justamente no fato de que muitos dos principais rivais estão envolvidos na Libertadores ou na Copa do Brasil. Santos, Fluminense, Vasco, Coritinthians, Palmeiras, Grêmio e São Paulo são times que ainda tem desafios paralelos.

No entanto, o Inter precisa mudar a sua própria história. Desde 2006, quando o Brasileirão passou a ter 20 clubes, o clube gaúcho alterna boas e más arrancadas. A contagem começa a partir do fim da Libertadores, ou seja, quando não há mais competições paralelas. Na média do início do Nacional, o Inter alcança a 8ª posição.

Na busca da famosa "gordura" de pontos, Inter pode levar ao menos uma vantagem antecipada: enfrenta muitos destes oponentes logo na largada do Brasileirão. Na estreia, no domingo, o time de Dorival Júnior pega o Coritiba, envolvido nas quartas de final da Copa do Brasil, diante do Vitória.

A situação ainda pode melhorar. Caso o São Paulo passe pelo Goiás na Copa do Brasil e o Fluminense elimine o Boca Juniors pela Libertadores, os colorados podem medir forças com esses tricolores com equipes mistas. Na terceira rodada, os vermelhos recebem o time de Emerson Leão no Beira-Rio. Na partida seguinte, os gaúchos vão até o Engenhão enfrentar Abel Braga e seus comandados.

Sem vencer a competição desde 1979, a equipe reconhece a responsabilidade que tem para voltar a conquistar o título. Para alcançar o objetivo, D'Alessandro salienta que o clube precisa pontuar desde o início do Brasileirão:

– Sabemos o peso que existe no clube por não ser campeão do Brasileiro há muito tempo. Precisamos jogar bem em casa e fora. Vamos continuar trabalhando, mas começar bem é importante.

Como foram as arrancadas coloradas desde 2006

Em 2006, o Inter não foi atrapalhado por ter dois campeonatos ao mesmo tempo. Pelo contrário, campeão da Libertadores, se viu mais motivado e contou com uma bela arrancada no Brasileirão, ficando em segundo lugar, avaliando até o fim do torneio continental.

Em 2007 e 2008, o início dos gaúchos foi irregular. No ano seguinte ao primeiro título da Libertadores, o Inter era o 13º lugar depois de seis partidas e, em 2008, aparecia em 14º, com oito confrontos já disputados.

As duas temporadas seguintes apresentaram campanhas superiores no começo de Brasileirão. Em 2009, com Tite, os colorados ocupavam a vice-liderança e, no ano em que conquistaram o bi da América, se alojaram na oitava colocação. Em 2011, o Inter estava em 12º quando acabou o torneio continental.