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Parceria entre Juvam e comunidade ajuda a construir casas para famílias

Da Redação /Com Assessoria

O Juizado Volante Ambiental (Juvam) do Poder Judiciário de Mato Grosso concluiu mais uma transação penal, que proporcionou o resgate da dignidade de famílias carentes do município de Santo Antônio de Leverger (32 km de Cuiabá). Quatro empresas autuadas pelo Juvam foram apenadas conforme a lei e o dinheiro das multas foi revertido de forma direta com a doação de materiais de construção. Seis famílias do Assentamento Nossa Senhora Aparecida, que viviam em situação precária de moradia ganharam nova residência. O projeto foi denominado Sonho Meu.

Antes de iniciar um processo judicial, o juiz José Zuquim Nogueira propõe uma conciliação às empresas acusadas por crimes ambientais, que na maioria dos casos é aceita. O conciliador do Juvam, Alexandre Corbelino, explica que é uma forma de melhor aproveitar o material apreendido. Inicialmente, foram doadas madeiras apreendidas e consideradas em situação de perdimento pelo Juizado, que foram utilizadas para a estrutura das casas. Foram doados, em dezembro do ano passado, o equivalente a quatro caminhões carregados de madeira (118,643 metros cúbicos). Já nesta nova doação, ocorrida na última sexta-feira (13/3), foram entregues 30 quilos de pregos, 50 bolsas de cimento, cinco mil telhas e um caminhão de cascalho para utilização nas obras.

O assentamento com mais de 300 lotes fica na estrada que liga Santo Antônio de Leverger a Barão de Melgaço. Algumas famílias moram em casebres feitos com materiais como sapê, capim e pau a pique. Alguns possuem telhas de amianto como paredes, tirando a privacidade das famílias. Nesta primeira fase, foram beneficiadas mais de 70 pessoas, a maioria mulheres com dois, três filhos, alguns portadores de necessidades especiais. A escolha das famílias beneficiadas é feita por uma associação, que atua na busca de melhoria de vida aos moradores sem teto da região.

As casas do Projeto Sonho Meu são construídas em regime de mutirão pelos integrantes da associação, com a ajuda da comunidade local, e possuem 30 metros quadrados, com três cômodos, sistema elétrico, com cinco pontos de lâmpadas e quatro tomadas, além de sistema hidráulico, com encanamento de água para cozinha e banheiro, além de uma torneira para serviços gerais. “É uma luta de quatro anos, desde o surgimento do bairro. Só temos a agradecer ao Juvam nas pessoas do juiz Zuquim e do Alexandre, que ajudaram e muito a dar dignidade as estas famílias. Algumas não tinham banheiro, passavam calor durante o dia e frio à noite“, afirmou o presidente da associação, Miguel José Santos.
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