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Perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra, diz presidente eleito da FPA

De Brasília - Vinícius Tavares

No noite em que a Frente Parlamentar da Agropeuária (FPA) comemorou, na churrascaria Porcão, em Brasília, a eleição do deputado federal Homero Pereira (PSD-MT) para a presidência da entidade, os ruralistas tiveram um duro revés com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 438/2001) do Trabalho Escravo na Câmara Federal.

Em seu discurso como novo presidente da FPA, o deputado analisou o peso da derrota (360 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções) e disse que será preciso ainda mais empenho de cada parlamentar para mudar pontos do texto.

Para o deputado, contudo, apesar do resultado negativo no plenário, nada está perdido. Segundo ele, esta foi apenas uma derrota entre tantas vitórias obtidas pela bancada nos últimos anos.

"Perdemos apenas uma batalha, mas não perdemos a guerra. Foi apenas uma derrota entre tantas vitórias. Será mais um desafio para provar a força da nossa bancada", afirmou.

O parlamentar afirma ainda que a mesma PEC do Trabalho Escravo terá que ser apreciada pelo plenário do Senado Federal.

"Nada impede que a bancada ruralista, que é formada por deputados e senadores, possa se mobilizar e reverter este resultado no Senado", frisou.

A aprovação da PEC do Trabalho Escravo (438/2001) representa uma ameaça para proprietários de terras onde for verificada condição análoga ao trabalho escravo, pois permite a possibilidade de expropriação da terra sem indenização.

A derrota ficou evidente quando a bancada tentou adiar a votação da matéria em segundo turno. A PEC foi aprovada em primeiro turno em 2004 e tramitava há dez anos na Câmara dos Deputados. Parlamentares do PT, da base aliada do governo e ligados aos direitos humanos fizeram muita festa ontem no plenário após a decretação do resultado.



Atualizada às 10h31
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