Além de enfrentar a marcação do meio-campo do Internacional, Ronaldinho pode se preparar para ser marcado de perto pela torcida do Flamengo. Apesar de serem em pequeno número, os rubro-negros prometem pegar no pé do seu camisa 10, ainda mais depois do episódio da semana, em que seu irmão, Assis, foi à loja do clube na Gávea e pegou, sem intenção de pagar, cerca de 80 peças entre camisas oficiais e outras lembranças, como forma de protesto pelos salários que o clube deve a seu irmão.

"Vamos pegar no pé porque eles está devendo. Sei que o clube também está devendo salários, mas a torcida e a instituição não tem nada a ver com isso", disse a militar Luciana Pires. Mesma opinião tem o metalúrgico Anderson Batista, que chegou ao estádio acompanhado do pai e da irmã. "Ele só quer saber de farra. Não está jogando nada. Tem que respeitar mais o Flamengo. Vai ter que ser vaiado", disse.

O pai de Anderson, Alexandre Bernardes, prefere dar um voto a mais de confiança ao jogador. "Sei que ele está jogando mal, mas precisamos da vitória. Vamos aliviar um pouco a barra dele, pelo menos nesse jogo", afirmou. João Vitor Menezes é estudante e também acha que, se continuar jogando mal, Ronaldinho deve deixar o clube. Mas espera que as coisas sejam diferentes. "Nunca podemos esquecer que ele é craque e pode decidir o jogo a qualquer momento".

Fã declarado do jogador, Samuel José dos Santos, trouxe uma faixa para incentivar o jogador. O objeto na verdade é um desejo de recuperação para a mãe de Ronaldinho, Miguelina, que enfrenta uma doença grave. Mas Samuel diz que isso não pode ser desculpa para as fracas atuações de Ronaldinho nos últimos tempos.

"Tomara que o episódio do Assis sirva para dar mais motivação ao Ronaldinho, para ele provar que merece vestir a camisa do Flamengo. Ainda mais porque o jogo é contra o Inter", afirmou, lembrando o passado gremista do jogador.