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Conselheiros citam patrocínio e Wesley em reprovação de balanço

Globo Esporte

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras reprovou as contas de março do clube, alegando uma série de dívidas mal explicadas pela gestão do presidente Arnaldo Tirone. Em documento assinado por oito integrantes do COF, incluindo os ex-presidentes Carlos Facchina Nunes e Mustafá Contursi, e enviado a todos os conselheiros, há uma explicação dos motivos pelos quais os números não foram aprovados. Entre eles estão a transferência do meio-campista Wesley, o patrocínio com a Kia Motors e até a aquisição definitiva do zagueiro Henrique - que ainda não está totalmente acertada.

Duas acusações chamam a atenção. A primeira delas diz respeito à contratação de Wesley. Neste caso, o COF alega que faltam informações sobre o lançamento de R$ 2,7 milhões feito pela empresa Toksai, parceira do Palmeiras para viabilizar o acerto com o jogador. Tal valor corresponderia a apenas metade do que foi combinado entre as partes (2 milhões de euros, ou R$ 5 milhões, para a primeira das três parcelas ao Werder Bremen-ALE).

O fato de o valor ter sido utilizado para pagar dívidas do clube também intriga os conselheiros do COF. No total, são sete itens só para explicar o porquê de o órgão não ter aprovado a negociação com Wesley.

A segunda acusação é sobre o patrocínio da Kia, que deveria render cerca de R$ 25 milhões anuais aos cofres palmeirenses. O COF alega que, em 2012, a parceria deve levar só R$ 18 milhões ao clube – a conta foi feita a partir do valor do lançamento no balanço do mês de março, cerca de R$ 1,4 milhão. O acordo foi fechado no início de fevereiro, e por isso só cobre 11 meses na atual temporada. Mesmo assim, o valor ficaria abaixo do acertado.

A maioria dos conselheiros que assinam o documento se declaram opositores do presidente Arnaldo Tirone, incluindo Mustafá Contursi. Mesmo assim, o grupo nega que haja cunho político na análise dos balanços da gestão – o ano 2011 também foi reprovado.

– Repudiamos a afirmação de que a motivação seja política, pois trata-se de articulação objetivando inibir nossa ação de análise imparcial da matéria – diz um trecho da carta.

A próxima reunião do COF deve tratar do assunto com maiores detalhes, com a presença de Arnaldo Tirone. A pressão do Conselho coincide com a proximidade das eleições presidenciais do clube, que ocorrem no início de 2013. Ainda não há candidaturas definidas para o pleito
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