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Notícias / Cidades

Presidente da MTU afirma que reajuste de 13% "é impossível"

Da Redação/Thalita Araújo

O presidente da Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos, MTU, Ricardo Caixeta, diz que é impossível, atualmente, conceder um reajuste de 13% aos motoristas e cobradores dos ônibus. A proposta da Associação é de apenas 2%, mas os trabalhadores, que já anunciaram uma greve para a próxima sexta-feira, não aceitam.

Caixeta diz que não existem condições financeiras para oferecer um reajuste maior que 2% aos funcionários das empresas. Só se a Associação fosse contemplada com algum benefício que trouxesse uma melhor situação econômica, como o reajuste da tarifa, por exemplo.

O presidente da MTU diz que a tarifa atual não é satisfatória para a MTU. A tarifa calculada e aprovada recentemente pelo Conselho Municipal de Transportes, no valor de R$2,42, também não é a ideal, segundo Caixeta. No entanto, a MTU não tem atualmente um valor de tarifa ideal calculado.

Caixeta explica que existe “uma série de coisas que não são contempladas pela planilha” de cálculos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, SMTU. Dentre elas, está o serviço Buscar, de transporte para portadores de deficiência, os abrigos de ônibus, a estrutura de atendimento aos estudantes de recadastramento e outros. Segundo ele, os custos para esses pontos são arcados pela Associação e não entram no cálculo da tarifa, o que prejudica a MTU.

Outro ponto abordado por Caixeta é o passe-livre, que, segundo ele, “é uma dificuldade”. Ele explica que a prefeitura paga 50% dos custos do benefício, e as empresas pagam a outra metade. No entanto, a dificuldade está em receber esse dinheiro da prefeitura. Os pagamentos, diz Caixeta, não são mensais, o que cria dificuldades financeiras às empresas. “Os acertos têm ocorrido sim, mas não têm periodicidade”, diz o presidente.

Os motoristas e cobradores querem aumento para não entrar em greve. O aumento só seria dado se a MTU tivesse melhores condições financeiras. Essas condições seriam dadas à MTU se a tarifa fosse reajustada. Apesar dessas conexões, Ricardo Caixeta é enfático ao dizer que essa articulação frente à paralisação não tem nada a ver com o impasse do reajuste tarifário. “Não é uma pressão para o aumento da tarifa, mesmo porque esse reajuste vem sendo pedido pela Associação desde dezembro do ano passado”, explica o presidente.
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