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Cientistas estudam moscas com síndrome das pernas inquietas

G1

Um estudo feito com moscas que sofrem da síndrome das pernas inquietas indicou que esse problema provavelmente tem origem genética. A pesquisa foi publicada pela revista científica "Current Biology".

A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio neurológico que afeta o sono. Quem sofre dela sente uma necessidade irresistível de se mover, que fica ainda pior quando o paciente tenta descansar. Apesar do nome, a síndrome não atinge apenas as pernas.

As moscas estão sujeitas a uma versão própria da síndrome. Elas também precisam dormir, e seus padrões de sono são influenciados por uma química neural parecida com a humana.

Pesquisas anteriores já suspeitavam de alguma ligação entre o gene BTBD9 e o surgimento da síndrome, e o recente estudo serve como mais uma evidência nesse sentido.

Os pesquisadores trabalharam com moscas que não tinham o gene correspondente, e elas sofriam distúrbios do sono pela inquietude. Quando receberam um remédio para a síndrome das pernas inquietas, essas moscas apresentaram melhora.

“A principal importância do nosso estudo é destacar o fato de que pode haver uma base genética para a síndrome das pernas inquietas. Entender a função desses genes também ajuda a entender e diagnosticar a doença e pode oferecer opções terapêuticas mais específicas, que hoje estão limitadas a abordagens muito gerais”, afirmou o autor Subhabrata Sanyal, da Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos.

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