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Notícias / Meio Ambiente

Espécie de aranha é descoberta em Araguari, MG

G1

Uma espécie de aranha do gênero Mesobolivar foi descoberta por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Universidade Estadual de Goiás (UEG) , da Universidade Presidente Antonio Carlos (Unipac) de Araguari, no Triângulo Mineiro, e do Instituto Butantan (SP). Denominada 'Mesobolivar delclaroi', a espécie mede de sete a 10 centímetros na fase adulta e não é considerada perigosa. Ela foi encontrada no Parque Municipal Bosque John Kennedy, em Araguari. O nome dado foi em homenagem ao professor do Instituto de Biologia da UFU, Kleber Del Claro, que participou do processo.

Liderada pela pós-doutoranda em ecologia e conservação Vanessa Stefani, a pesquisa foi iniciada em 2008 e incluiu as descrições biológicas como crescimento corporal, quantidade de machos e fêmeas e descrição do comportamento sexual. E também taxonômicas como característica da mandíbula, do abdômen e das pernas, por exemplo. A pesquisadora explicou que essas características minuciosas são essenciais para definir se já existe ou não a catalogação da espécie. Normalmente, as aranhas fêmeas domésticas são maiores que o macho. No caso do novo exemplar, eles têm tamanho semelhantes.

“Ao descobrir uma nova espécie é raro que se faça, simultaneamente, as duas descrições, ou seja, é uma pesquisa completa. O artigo foi aceito pelo Journal of Natural History, do Museu de História Natural de Londres, no mês de março. Isso significa que a espécie foi reconhecida como nova. Tal publicação é muito importante para divulgar a ciência brasileira nesta que é uma revista secular, de peso e de grande influência internacional na área”, disse Stefani.

O trabalho de acompanhamento do desenvolvimento da espécie foi registrado desde a eclosão do ovo à fase adulta. O comportamento sexual, postura de ovos e cuidado maternal das aranhas também foram analisados.

“Por menor que seja o fragmento, não pode ser ignorado. Deve ser preservado porque tem importância para manter a diversidade que existe no ambiente, neste caso, uma espécie até então desconhecida. A partir desse fragmento, mesmo que pequeno, é possível descobrir outra população no mesmo ambiente”, disse.

De acordo com a pesquisadora, o artigo deve ser publicado na revista inglesa até o final deste ano.
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