Eliane Gonçalves, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, entregou um atestado médico na manhã desta terça-feira (5) e não vai comparecer ao depoimento marcado na CPI que investiga as relações entre o contraventor Carlos Cachoeira com políticos e empresários.

Segundo a secretaria da CPI, o atestado de Elaine alega que ela está em "colapso nervoso" e internada em um hospital de Brasília. Antes de ter sido internada, ela também havia obtido decisão judicial para ficar calada na CPI. O depoimento de Elaine era um dos mais esperados desta terça.

De acordo com investigações da Polícia Federal, Eliane teria recebido um telefone exclusivo para se comunicar com Cachoeira, que repassaria a ela informações sigilosas sobre operações policiais. No início de abril, Eliane deixou o cargo e, em carta divulgada à imprensa, alegou que o nome dela foi confundido com o de uma outra Eliane. Ela disse ter sido "vítima de um grande equívoco" e que não tinha nada a temer.

Na noite desta segunda (4), outra testemunha que irá prestar depoimento nesta terça, Sejana Martins, obteve o direito de permanecer em silêncio por meio de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux.

Vice-presidente
Nesta terça, a reunião da CPI será presidida nesta semana pelo deputado petista Paulo Teixeira (SP), ex-líder do PT na Câmara. A mudança temporária no comando da comissão ocorreu devido à licença médica de cinco dias solicitada pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Nesta sexta (1º), Vital foi submetido a um cateterismo, exame pelo qual se introduz um tubo flexível (cateter) por um vaso sanguíneo, a fim de se verificar se há entupimento nas artérias. O senador teve alta no sábado, e desde então está em repouso na Paraíba.