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Casais mudam hábitos de vida por amor e ganham mais saúde

Bem Estar

Em quatro anos, o casal Felipe Ferreira, de 27, e Ana Lúcia Nunes, de 26, engordou 33 kg e emagreceu 38 kg. O excesso de peso veio após o inspetor de qualidade e a técnica em documentação abusarem da alimentação com refeições diárias fora de casa, à base de comidas gordurosas, sanduíches, refrigerantes e doces.

A espera do primeiro filho, Davi, hoje com 1 ano e 8 meses, piorou ainda mais a situação para Ana Lúcia, que engordou além do normal na gravidez. Não bastasse isso, os dois acordavam de madrugada para assaltar a geladeira ou ligar para alguma lanchonete ou disque-pizza.

Depois de irem a um casamento e verem as fotos da festa, os moradores de Paulínia, no interior de São Paulo, se assustaram e resolveram adotar um novo estilo de vida. Ele começou a caminhar e correr, entrou na academia e voltou às aulas de jiu-jítsu. Atualmente, está com 83 kg em 1,80 m e concentrado em provas de rua: já participou de duas de 5 km e quer completar uma de 10 km.

Junto com o marido, Ana Lúcia vai quatro vezes por semana à academia, onde faz musculação e ginástica. Chegou aos 66 kg em 1,68 m e ganhou massa magra, assim como Felipe.

“Agora comemos uma fruta de 3h em 3h, e as principais refeições são balanceadas, sem exageros. Foi tudo de forma muito natural e gostosa, e essa rotina vai continuar para o resto da nossa vida. A satisfação de olhar as fotos de antes e depois ninguém paga”, destaca o jovem.

Conquista 'suada'
Muitos namoros e casamentos encontram um estímulo na atividade física. Isso porque o contato físico com a outra pessoa pode ser um incentivo a mais para malhar, principalmente quando esse encontro ocorre durante o próprio exercício.


Foi amor à primeira vista. (...) Agora estamos juntos há 8 meses, com alguns quilos a menos"

Nathalye Velkof,
estudante

Foi o caso da estudante paulistana Nathalye Velkof, de 18 anos, que em julho do ano passado começou a praticar kenpô, técnica de defesa pessoal que mistura judô, caratê e jiu-jítsu, e lutou muito contra a preguiça para não faltar e assim ver Fábio, seu atual namorado.

“Ele é faixa preta e ajudava o professor. Foi amor à primeira vista. Depois de dois meses, descobri que eu também tinha chamado a atenção dele. Agora estamos juntos há oito meses, com alguns quilos a menos”, comemora Nathalye, que já ajudou o companheiro, de 24 anos, a reduzir o refrigerante da dieta e passar sempre filtro solar no rosto.

Com movimentos mais suaves que os da luta, em aulas de dança gaúcha, foi onde se conheceram a cabeleireira Nicoli Bernardes, de 23 anos, e o metalúrgico Danilo Fusão, de 24, em junho de 2011.

“Ele sempre me tirava para dançar com a música ‘Por amar você’, do Grupo Rodeio. Eu não gostava, achava o estilo brega, mas aos poucos comecei a sentir algo diferente por aquele instrutor”, conta a moradora de Camboriú, em Santa Catarina.

Menos de três meses depois, veio o primeiro beijo. Hoje, o casal está feliz, em um relacionamento saudável, e Nicoli virou professora de dança.

Na trilha do altar
Para o funcionário público Waldir Peres, de 35 anos, a decisão de se matricular em uma academia lhe rendeu um casamento marcado para dezembro. Recém-divorciado, o morador de Paranaguá (PR) voltou a viver com a mãe e resolveu malhar perto de casa, para ocupar o tempo livre e cuidar do corpo.

“A moça que me atendeu na recepção disse que me conhecia do colégio, quando tínhamos 16 anos. Aquilo mexeu comigo e, quando nos víamos, falávamos sobre a família, treinos e alimentação. Um dia dei carona para ela e tudo começou, quatro meses depois”, lembra Waldir.

Ele destaca que a professora de educação física Daiane Delphim, de 35 anos, o ajudou a relaxar mais, ter força de vontade e aproveitar a vida.

“Também passei a comer de 3h em 3h, larguei o refrigerante e os lanches, melhorei da bronquite crônica, aprendi a rir e a conciliar meu bem-estar físico e mental”, enumera.

Quem também vai subir ao altar este ano, em outubro, é a administradora de empresas Patrícia Silva, de 34 anos. Há um ano e quatro meses, a moradora de Mesquita, na Baixada Fluminense, conheceu o auditor fiscal Rafael Félix, de 32 anos, em um site de relacionamentos.

“Quando vi a foto dele, me entusiasmei. Ele estava com uma roupa de surfista e pasta d'água no rosto”, recorda.

Quando o convívio se tornou real, os dois começaram a fazer trilhas, conhecer cachoeiras e dançar juntos. “Adoramos programas de contato com natureza, mas também vamos ao teatro e a shows. Ficamos muito mais ativos”, revela.

O mais incrível é que os dois tiveram muitas chances de se encontrar pelas ruas, mas isso acabou acontecendo na internet, quando Rafael já vivia em Nova Iguaçu, também na Baixada.

“Por três anos, fomos vizinhos no Rio, íamos à praia no mesmo posto, ele quase estudou na mesma faculdade que eu e até chegou a fazer entrevista na empresa onde eu trabalhava”, diz.


Incentivada pelos hábitos light dele, não como mais sanduíche, cachorro-quente, x-salada"

Rubia Cruz,
advogada

Relação vitaminada
Após conhecer o marido, há dois anos, a advogada Rubia Cruz, de 31 anos, viu a alimentação e a saúde melhorarem muito. Com as vitaminas preparadas diariamente pelo médico ortopedista Ronaldo Sathler, de 33 anos, a gastrite dela sumiu e o intestino passou a funcionar regularmente.

Entre os sabores de vitaminas que o marido faz, a jovem cita frutas como mamão, banana, maçã, amora, melancia, melão e abacate. Ele também inclui iogurte, granola e até suplemento de proteína. Rubia toma as receitas de Ronaldo à tarde ou à noite, depois da academia, e já perdeu 3 kg.

“Eu também era muito sedentária, e hoje faço exercícios sempre. Incentivada pelos hábitos light dele, não como mais sanduíche, cachorro-quente, x-salada. Agora almoço certinho e no lanche opto por um cookie com granola”, compara a advogada, que mora em São Bento do Sul (SC).

Perder para ganhar
O sonho de muitos casais, além de ter uma relação harmoniosa, é ver a família crescer. Nesse sentido, levar uma vida saudável pode ajudar – e muito – os dois virarem três ou mais.

Esse é o exemplo da auxiliar administrativo Paula Cristiane Batista, de 24 anos, que reduziu 10 kg antes de conseguir engravidar de Nicholas, hoje com um mês. Na gestação, ela adquiriu exatamente o peso que perdeu, devidamente eliminado após o parto.


Ficamos tentando (engravidar) por três anos, sem sucesso, até eu descobrir que tinha ovários policísticos (...) Foi só eu perder peso, que em 30 dias tive a boa notícia"

Paula Cristiane Batista,
auxiliar administrativo

“Ficamos tentando por três anos, sem sucesso, até eu descobrir que tinha ovários policísticos e que, por ser gordinha, minha dificuldade era maior. Foi só eu perder peso, que em 30 dias tive a boa notícia”, conta a moradora de Nova Lima (MG).

Ao longo do processo de emagrecimento, Paula ia à academia com o marido, João Carlos, que a esperava todos os dias depois do trabalho. Mesmo durante a gestação, fez pilates, hidroginástica e caminhadas, dos dois meses até o parto.

“Cortei a antiga alimentação calórica, com muitos sanduíches, pizzas e massas, e incluí saladas e sucos como de cenoura e beterraba. Ainda não posso fazer exercícios, porque ganhei meu bebê de cesariana, mas assim que for liberada vou voltar”, afirma a mineira, que hoje está com 85,5 kg e quer chegar aos 70 kg, em 1, 65 m.

Por conta do controle de peso da mãe ao longo dos nove meses, Nicholas nasceu saudável, com tamanho normal, e terá menos riscos de desenvolver doenças como obesidade e diabetes no futuro.

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