Práticas de educação ambiental em escolas ganham adeptos à construção de um mundo mais sustentável, permeados por cidadãos mais críticos quanto ao consumo e à economia verde. E no compasso deste novo cenário a escola figura como um dos grandes responsáveis por essa mudança comportamental, prenúncio de uma verdadeira transformação social.

No mês em que se comemora o Dia Internacional do Meio Ambiente (5 de junho), a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc) traz uma reflexão sobre os desafios e perspectivas na área, assim como as propostas implementadas para o fomento a boas práticas e a escolas, cada vez mais, sustentáveis.

Para a gerente de educação ambiental da Seduc, Giselly Gomes, o grande desafio para 2012 é atuar frente à instalação dos Conselhos de Qualidade de Vida (Com-Vidas), dos Coletivos Jovens e da articulação para a realização de conferências em cada um das unidades escolares do Estado (rede particular e pública) como preparativos obrigatórios pra escolha dos delegados que irão representar Mato Grosso junto à Conferência Nacional Infanto-Juvenil sobre Meio Ambiente, que ocorrerá em 2013.

Gisele pontua que as escolas procuram desenvolver ações para que se tornem mais sustentáveis e avalia “a sustentabilidade tem de ser respeitada nas especificidades da unidade”. Cita também que cada exemplo de boa prática veiculada repercute positivamente e é replicada em pontos distintos do Estado.

“Todas as nossas publicações, nossos seminários deram visibilidade à atuação da Gerência e repercutem muito. Práticas na área de educação ambiental sempre existiram, mas o que falta é uma organização e já temos um forte trabalho nesse sentido. São inúmeras as escolas que já desenvolvem atividades pedagógicas na área de educação ambiental permitindo a construção de uma nova perspectiva para o planeta”, disse.

Para esse fortalecimento das ações pedagógicas, a Seduc vem atuando junto à Sala do Educador, prestando informações que servem como estímulo à formação da Comissão, que vai auxiliar na organização da escola, e os participantes na resolução de demandas, assim como em ações para a criação de ambientes mais sustentáveis. Ela cita ainda que a Com-Vidas não se restringe às práticas ambientais, atuando também na prevenção ao uso de drogas e da violência, por exemplo. A Com-Vidas é parceira do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar e do grêmio estudantil.

Cabe à escola desenvolver o papel de sensibilização, compreensão e despertar sobre a responsabilidade e as competências frente a esse processo de mudança cultural e reflexão crítica sobre a sociedade desejada. “Estamos aptos a prestar auxílio nesse processo”, afirma Gisele, acrescentando que as Orientações Curriculares contemplam propostas curriculares para nortear as ações pedagógicas.