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AL: 2 anos após enchentes, escolas e casas não saíram do papel

Terra

Exatos dois anos após as enchentes que arrasaram 19 cidades de Alagoas, nos vales do Paraíba e Mundaú, menos de 10% das casas aos desabrigados foram entregues, admite o vice-governador e coordenador do Programa da Reconstrução no Estado, José Thomáz Nonô (DEM).

Das 17,6 mil casas previstas no programa, a serem erguidas pela Caixa Econômica Federal, 1.680 foram inauguradas. Segundo Nonô, 2,7 mil casas estão prontas, mas a maioria dos prefeitos ainda não encaminhou os cadastros das famílias realizados durante o período da cheia. "Existe toda uma rotina de exigências a serem cumpridas, e esta é uma delas. É preciso que os prefeitos façam isso, para que essas obras sejam regularizadas e entregues. Senão, o governo vai ter que tomar à frente desse processo de entrega", disse.

Nos cálculos do governo de Alagoas, as enchentes de junho de 2010 causaram prejuízo de R$ 1,27 bilhão. Segundo o vice-governador, a União enviou R$ 540 milhões, mais R$ 727 milhões para a reconstrução das casas. Cerca de R$ 560 mi foram pagos à Caixa Econômica Federal.

Segundo Nonô, dos recursos liberados pelo governo federal, R$ 122 milhões vieram do Ministério da Educação (MEC) para a reconstrução de escolas. Cerca de R$ 900 mil foram gastos na recuperação de cinco escolas destruídas e pertencentes ao Estado e na instalação de uma unidade educacional provisória em Santana do Mundaú. Só que a previsão era a construção de 72 escolas; menos de 10 foram erguidas.

No dia 11 de junho, o secretário estadual de Educação e Esportes, Adriano Soares da Costa, se reuniu com prefeitos e foi cobrado a dar agilidade na construção das escolas prometidas. "A todas as cobranças, o secretário prometeu respostas rápidas porque entende que o assunto requer pressa e menos burocracia", disse o presidente da Associação dos Municípios, Palmery Neto.

Em maio, o Governo reajustou 14 contratos com uma empresa para a construção de escolas de PVC - mas elas não saíram do papel. Os contratos somam quase R$ 1 milhão.


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