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Beira-Rio é vistoriado pela Justiça e decisão sobre interdição sai na sexta

Globo Esporte

A tarde desta quarta-feira foi de suma importância para o Inter, mas não por causa do futebol e sim pelo Beira-Rio. Foi quando foi realizada uma vistoria do juiz João Ricardo dos Santos Rocha, da 16ª Vara Cível do Foro Central, para definir se o estádio poderá seguir a sediar eventos ou ser interrompido. A decisão será na sexta-feira.

- Prefiro não responder para não fazer juízo de valor. Vamos analisar para depois emitir uma opinião. Existe um pedido de interdição que precisa ser apreciado. A decisão judicial sai até sexta-feira – disse o juiz, em coletiva improvisada na saída do Conselho Deliberativo do Inter.

A inspeção iniciou às 15h, quando o juiz partiu para o gramado principal, acompanhado pelo presidente Giovanni Luigi e pelo diretor de patrimônio Hélio Giaretta, que serviu como um tipo de guia da visita. Também estiveram presentes representantes do representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (SMIC) e Secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV).

Tudo começou pelo gramado principal, quando os jornalistas foram impedidos de acompanhar a vistoria. A comitiva observou as obras em andamento, arquibancadas superior e inferior e tudo que envolva segurança. Um dos pontos críticos citados foi a questão elétrica. No lado de fora do portão 3, por exemplo, há instalações não acabadas.

A vistoria alterou a rotina de todos no estádio. Veículo da imprensa e convidados tiveram de ficar fora do complexo Beira-Rio. E todos que acompanharam o treinamentos, mesmo fora do gramado principal, utilizaram capacetes. Houve um cuidado extra do clube em todos os setores.

Entenda o caso

O Ministério Público ajuizou no dia 24 de maio uma ação civil pública para que fosse determinada a interdição do Complexo Beira-Rio. De acordo com a Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, as edificações não possuem alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios. Por causa disso, o Inter acabou criando uma própria brigada de incêndio, treinando funcionários para agir em eventuais incidentes.

De acordo com os autores da ação, por mais que o Inter tente isolar as áreas que estão sendo demolidas, colocando cercas, seguranças e cachorros, se houver um tumulto, a torcida torna-se incontrolável. A ação pede fixação de multa por descumprimento no valor de R$ 1 milhão por evento realizado nas condições atuais.
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