Imprimir

Notícias / Economia

Petróleo tem alta nos EUA com desvalorização do dólar

Folha Online

O preço do petróleo registrou alta nesta sexta-feira, impulsionado pela desvalorização do dólar. O barril do petróleo cru para entrega em julho fechou aos US$ 61,67, alta de 1,01%, na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês).

A desvalorização da moeda americana fez com que o euro subisse 1,1%, enquanto a libra teve ganho de 0,6% frente ao dólar, que fechou o dia negociado a 0,713 euro e 0,628 libra. O motivo foi a preocupação dos investidores com a possibilidade de rebaixamento da nota de risco da economia americana.

Nesta sexta, a Casa Branca indicou nesta sexta-feira que não está preocupada com essa possibilidade, mesmo depois de a agência de classificação Standard and Poor's reduzir a avaliação da economia do Reino Unido --cuja economia poderá perder o nível máximo de confiança em relação ao crédito por causa da deterioração de suas finanças públicas.

"Estas preocupações jogaram o dólar para baixo e colocou o ouro e o petróleo para cima", afirmou Phil Flynn, analista da Alaron Trading.

Também animou o mercado a notícia de que o consumo da commodity teve alta na China. O segundo maior consumidor da commodity do mundo (atrás somente dos EUA) registrou uma queda de 31,47 milhões de m3 nas reservas, o que aponta para uma alta de 4% no consumo do produto.

Ontem, os investidores correram para embolsar os lucros depois que a cotação do barril nos EUA tocou os US$ 62 em NY. Após o recorde absoluto de US$ 147,50 em julho passado, o preço do petróleo foi ao mínimo de US$ 32,40 em dezembro e voltou a acelerar nas últimas semanas.

Segundo informou Choukri Ghanem, chefe da delegação líbia na próxima reunião de ministros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 28 de maio em Viena, o cartel deve discutir o nível dos preços para fixar a produção.

"Vamos esperar para ver se o que está acontecendo no mercado é uma tendência [duradoura], se teremos melhora dos preços ou se eles vão voltar a cair", afirmou Chokri Ghanem, presidente da Companhia nacional do petróleo, que exerce as funções de ministro do Petróleo.

Ele acrescentou que "o mercado se caracterizou nos últimos dias por uma forte volatilidade e que o estado dos preços seria crucial no momento da reunião".
Imprimir