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Inter recebe ofertas de estádios, mas pensa antes em reversão na Justiça

Globo Esporte

No que depender de clubes e torcedores do sul do Brasil, o Inter encontrará um plano B para o Beira-Rio facilmente. Após a definição do juiz Ricardo dos Santos Costa, da 16ª Vara Cível de Porto Alegre, na noite desta sexta-feira, de que o estádio colorado ficará interditado para eventos esportivos e culturais que impliquem a utilização das arquibancadas, o Inter já recebeu ofertas para utilização de estádios, cidades e logística.

Ainda assim, o clube só pensará em alternativas após esgotar todas as possibilidades de reversão na Justiça. A direção aposta no tempo que tem a seu favor. O próximo jogo do Inter como mandante é apenas no dia 7 de julho contra o Cruzeiro. Antes, enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, neste domingo, e o Bahia, no Pituaçu, no dia 1º.

- Nós não vamos entregar o jogo fácil. Temos duas semanas para trabalhar essa questão e tentaremos revertê-la - afirma o vice de futebol Luciano Davi neste sábado, em Recife, onde a delegação está concentrada para a partida válida pela sexta rodada do Brasileirão.

Público só na superior vira opção

A decisão foi motivada após ação do Ministério Público, que indicou problemas nas obras visando à Copa do Mundo de 2014. Fora as arquibancadas do estádio, as demais áreas do complexo seguem liberadas. Assim, o Inter pensa também na possibilidade de liberar aos torcedores durante os jogos apenas os espaços do anel superior.

- O Inter sabe que pode reverter a decisão, nem que joguemos com a torcida só na arquibancada superior, onde cabem 25 mil torcedores. Ainda não avaliamos a possibilidade de jogar de portões fechados - estuda Davi.

Entenda o caso

O Ministério Público ajuizou no dia 24 de maio uma ação civil pública para que fosse determinada a interdição do Complexo Beira-Rio. De acordo com a Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, as edificações não possuem alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios. Por causa disso, o Inter acabou criando uma própria brigada de incêndio, treinando funcionários para agir em eventuais incidentes.

De acordo com os autores da ação, por mais que o Inter tente isolar as áreas que estão sendo demolidas, colocando cercas, seguranças e cachorros, se houver um tumulto, a torcida torna-se incontrolável. A ação pede fixação de multa por descumprimento no valor de R$ 1 milhão por evento realizado nas condições atuais.
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