Imprimir

Notícias / Política BR

Conselho do MP investigará ameaças a procuradores do caso Cachoeira

G1

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou nesta terça-feira a criação de uma comissão para investigar as supostas ameaças contra a procuradora da República Léa Batista, uma das responsáveis pela prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A procuradora da Operação Monte Carlo, que investigou elo da quadrilha de Cachoeira com agentes públicos, tem sido alvo nas últimas semanas de intimidações por e-mail.

No último sábado (23), Léa recebeu uma mensagem eletrônica com tom ofensivo e ameaçador. No e-mail, que tinha como assunto a palavra "Cuidado", o remetente usou palavras de baixo calão para intimidar a integrante do Ministério Público (MP).

"Sua vadia, ainda vamos te pegar. Cuidado, você e sua família correm perigo", escreveu o autor da mensagem.


Procuradora do caso Cachoeira sofreu nova ameaça, diz associaçãoA Associação Nacional dos Procuradores da República já havia relatado que Léa teria recebido, em 13 de junho, um e-mail anônimo de um suposto investigado "em tom nitidamente ressentido". À época, o procurador-geral da República afirmou que iria apurar as denúncias.

A entidade que representa os procuradores da República denunciou as ameaças à Corregedoria Nacional da instituição nesta segunda (25). Em ofício, o presidente da entidade, Alexandre Camanho de Assis, pediu que o MP adote medidas para garantir a segurança da procuradora.

Nesta terça, o corregedor-geral do CNMP, Jeferson Coelho, levou as denúncias aos conselheiros do órgão. Diante do procurador-geral da República, Coelho propôs que o Conselho enviasse uma força-tarefa a Goiânia para se inteirar sobre as intimidações contra Léa e outros integrantes do Ministério Público envolvidos com as investigações do caso Cachoeira. A iniciativa mobilizou os integrantes do Conselho.

"Atentar contra a segurança de um procurador não pode passar em branco", afirmou o conselheiro Tito Amaral, que atua no MP de Goiás.

No encontro, Gurgel informou aos conselheiros que a Procuradoria-Geral da República e o Conselho do MP já estavam monitorando o caso desde a primeira ameaça. Segundo o procurador-geral, ele já teria, inclusive, solicitado que a Polícia Federal apure as denúncias.

"A ameaça à procuradora é uma ameaça a todo o Ministério Público", ressaltou Gurgel.

Os conselheiros do MP ainda não definiram quando a missão de procuradores viajará para a capital goiana.

Imprimir