Uma comitiva formada por congressistas e empresários paraguaios quer o apoio do Congresso e do governo brasileiro para que o país vizinho não sofra sanções econômicas em razão do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, ocorrido na última semana. Federico Franco assumiu o governo paraguaio.

A grande preocupação do grupo é com o respeito à soberania do país e às decisões tomadas de forma democrática pelas instituições. Um pedido de reconhecimento da atuação do congresso paraguaio foi pedido ao cônsul brasileiro em Ciudad Del Leste. Os parlamentares tentam audiência na próxima quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff, mas ainda não houve uma confirmação.

O grupo foi recebido nesta terça-feira (26.6) por deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e por alguns senadores. De acordo com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal paraguaio, senador Miguel Sayer, nunca houve um golpe em uma tentativa de tivar o presidente Fernando Lugo que não fosse de forma democrática.

O senador lembrou que dos 80 deputados da Câmara Federal, 76 votaram pelo impeachmet e que dos 45 senadores, 39 consideraram Lugo culpado e passível de passar por impeachment.

"Foi uma decisão amplamente legítima de removê-lo. Lugo foi retirado da presidência por sua má atuação como presidente da república", afirmou.

Já o segundo o senador Miguel Carrizosa revelou que a decisão de retirar o Paraguai do Mercosul pode ser motivada por interesses de outros países alinhados ao governo da presidente Dilma Rousseff.

"Há a possibilidade de que esteja sendo negociada a saída do do Mercosul para a entrada da Venezuela. É um assunto que nos exije muita cautela", ponderou.

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