O jovem Bernard é a prova mais recente de que as coisas no futebol mudam a cada jogo. E, por isso, o meia do Atlético-MG espera que o camisa um do Galo, Giovanni, tire de letra as vaias que levou após o gol sofrido para o Náutico, no último sábado. Bernard passou por um momento difícil na segunda rodada do Brasileiro, quando desperdiçou chances de marcar diante do Bahia e, ao ser substituído, viu boa parte do Independência vaiá-lo.

No jogo seguinte, a volta por cima, ao dar o passe para o gol de Jô contra o Palmeiras. Na rodada posterior, diante do São Paulo, Bernard voltou a errar finalizações, mas contra o Náutico marcou gol e deu passes importantes. A boa atuação foi reconhecida, e ele, inclusive, foi eleito craque da sexta rodada do Brasileiro. Nessa mesma partida, Giovanni rebateu uma cobrança de escanteio nos pés do meia Martinez, que tocou para Araújo empatar o jogo. Depois do lance, a torcida atleticana não poupou o goleiro com vaias a cada toque na bola.

Por conta dessas experiências, Bernard sai em defesa do goleiro, mesmo entendendo a postura do torcedor do Atlético-MG.

- Não vai ser a primeira nem a última vaia. Nem para mim e nem para qualquer atleta. Temos que estar cientes que a torcida está impaciente por conta dos últimos anos. Ela está no direito dela de querer uma resposta este ano. Ele tem que estar preparado. Eu o acho um ótimo goleiro, sei que ele vai dar a volta por cima.

Bernard, porém, fez uma ressalva. Para ele, as vaias prejudicam a equipe.

- Vaiando o jogador durante a partida ele erra passes, perde a confiança para tentar as jogadas. Imagine 18, 19 mil vaiando, independentemente da experiência que o jogador tenha, sente sim. Cabe a ele assimilar as vaias e mostrar confiança durante a partida.