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Caso Maisa

Do Internauta

 O ECA criado para proteger a infância, proíbe o trabalho infantil em seu conteúdo, porém, quando se trata de uma atividade artista o que se vê nas redes de TVs é uma exploração da ingenuidade das crianças. O caso da garotinha Maísa Alves, deixa claro essa condição, a começar pela disputa entre dois canais de TVs, em que esta criança se tornou quase que um “objeto” de grande valor, sendo motivo até de chacotas entre os apresentadores, quando um se referia ao outro como homossexual e colocavam o nome da menina envolvendo os dois. Bem, à que se dizer que nem tudo que é legal é moral, o ECA, contempla as atividades infantis em teatro, cinema e TV, desde que seja artisticamente. Daí dizer que um ou outro apresentador, um ou outro programa segue o que diz a Lei, é um caminho que em muitas vezes se distorcem, colocando as crianças em riscos de futuros desvios de conduta, queimando etapas de sua vida infantil que lhes farão falta em sua vida adulta. Vejo que estes programas não têm como metas elevar os conhecimentos das demais crianças que assistem em suas TVs, por outro lado, são os responsáveis dos mesmos, os primeiros beneficiados com os vultosos contratos que lhes cabem com a exposição dos seus filhos, parentes diretos e indiretos. É fato, que isso pode mudar suas vidas, mas é preciso um direcionamento, um acompanhamento das autoridades afins para que aquilo que é uma forma de educação, não passar para os absurdos que ora presenciamos nas TVs. Voltando ao caso da genial Maísa Alves, foi de ficar estarrecido quando apresentador Silvio Santos o trancou em uma mala e pediu que arrastassem com a menina gritando de pavor, e ele, Silvio Santos com sua tradicional risada se quer ouvia os lamentos da garotinha. Sei que são poucas as pessoas que se sentiriam desconfortáveis dentro de uma mala zipada (fecho-eclair) e ainda ser arrastadas pelo palco! Fazer disso um espetáculo com uma criança, e no mínimo confrontar o Estatuto da Infância e da Juventude o ECA. Vejamos o que diz o procurador Dr. Rafael Dias Marques vice-presidente da Coordenação Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do Ministério Público do Trabalho. “As pessoas assistem com mais naturalidade quando o trabalho é artístico. Mas tanto em novelas quanto nas lavouras há trabalho infantil e ele é proibido”.
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