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Banhos quentes durante o inverno podem provocar a queda de cabelos

G1

Curtos, longos, lisos, encaracolados, loiros, pretos ou vermelhos. Estes são alguns tipos de cabelos e cores que podemos citar. A variedade é muito maior, já que os cabelos seguem o estilo e personalidade de cada pessoa.

Mas, independente da escolha do dono sobre como manter o visual das madeixas, um problema pode ser comum a todos: a queda dos fios. E é no período de frio que esse incômodo pode se agravar devido à água quente usada para lavar os cabelos no banho. De acordo com o dermatologista Cassiano Tamura Gomes, de Itapetininga (SP), a queda associada ao banho quente ocorre porque a água em alta temperatura remove a oleosidade natural dos fios e couro cabeludo. Com isso, ocorrem alterações da pele, levando a perda de fios capilares.

Ainda segundo o especialista, a água quente pode provocar outros problemas como seborreia e irritações. “Quando você retira a oleosidade natural o organismo começa um processo biológico para repor essa gordura de maneira rápida. Isso faz com que apareça a maioria dos problemas com o couro cabeludo e cabelo”, ressalta.

Mas como é quase impossível tomar banho com água fria nos dias de baixas temperaturas, a dica é “tomar banhos rápidos e sempre de possível hidratar os cabelos”, diz.

A hidratação dos cabelos ajuda a evitar a queda.
(Foto: Tássia Lima/G1)

O médico ainda recomenda outros cuidados para manter os cabelos saudáveis. Ele afirma que dormir com os cabelos molhados também provoca alterações no couro cabeludo. “A umidade facilita a contaminação por fungo, por isso, é importante sempre secar os cabelos antes de dormir”, afirma.

Por outro lado, o dermatologista alerta sobre o secador. “O calor excessivo aumenta a atividade das glândulas sebáceas e provocar alterações. Por tanto, é necessário controlar o calor direto no couro cabeludo”, orienta.

Outros fatores
Mas não é só a água quente e outros descuidos que provocam a queda dos cabelos. De acordo com a dermatologista de Itapetininga, Kátia Takahashi, o problema pode estar associado aos produtos químicos de baixa qualidade e até ao estresse emocional.

A médica afirma que, no caso da química para cabelos, determinados produtos podem provocar uma agressão externa e levar à queda dos cabelos. “Essa química, na maioria das vezes, provocar a quebra dos fios. A queda ocorre em um período de até dois meses. A recmendação é importante procurar profissionais qualificados e produtos conceituados”, afirma.

Já os fatores emocionais como depressão, ansiedade e estresse são vilões para a permanência dos fios na cabeça de muitas pessoas. “O estresse, por exemplo, pode se manifestar em qualquer órgão do indivíduo. Se a pessoa tem um estresse muito crônico por um longo período, ela pode ter isso refletido no couro cabeludo”, explica.

A queda de cabelos por problemas emocionais pode ser difusa, com a soltura dos fios de uma forma aleatória, ou ainda queda localizada. “Na queda localizada o paciente irá perceber pontos específicos, chamados de alopecia, que são placas redondas de perda de cabelos. Tanto a difusa, quanto a alopecia, são reversíveis”, afirma.

A especialista ressalta que a queda não ocorre no momento do problema emocional. “A queda irá começar após de um mês aproximadamente”, conta.

Mitos e verdades
A dermatologista Kátia Takahashi explica que quando o assunto é queda de cabelos existem muitos mitos que não devem ser levados a sério. Confira :

- lavar os cabelos todos os dias não estraga os fios

- cortar em lua crescente não estimula o crescimento

- pílula anticoncepcional no shampoo, usar gel, mousse e algumas tinturas não faz cair cabelo
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