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Renato abre leque nas cobranças de falta e assume lugar de Ronaldinho

Globo Esporte

No jeito ou na força. De perto ou de longe. A cada treino, Renato tenta ampliar a variação das cobranças de falta. Depois que Ronaldinho Gaúcho deixou o Flamengo, a barreira abriu para o camisa 11, que viu as chances aumentarem significativamente. O meia assumiu o posto deixado pelo astro e tornou-se o responsável pela bola parada rubro-negra. É ele quem cobra faltas e escanteios, e o aproveitamento tem sido positivo. Após sete rodadas do Brasileirão, o jogador tem três gols. Todos de falta. E cabe a ressalva: Renato cumpriu suspensão contra o Sport, na estreia do time.

O primeiro foi marcado no empate por 2 a 2 com a Ponte Preta, na terceira rodada, e contou com um desvio na barreira. Neste domingo, contra o Atlético-GO, ele acertou o alvo duas vezes. As duas cobranças foram perto da área. Na primeira, bateu forte, no canto em que estava posicionado o goleiro Márcio. Na segunda, preferiu um chute colocado. Enquanto tinha Ronaldinho como companheiro, Renato só tinha espaço nas faltas mais distantes para aproveitar a potência da perna esquerda.

No Carioca, ainda com R10 no time, fez um gol de falta na vitória por 2 a 0 sobre o Nova Iguaçu, em fevereiro, pela Taça Guanabara.

- Eu sempre busco aperfeiçoar a minha batida. Já falei algumas vezes que nos jogos temos de improvisar, fazer algo diferente para sair o gol. No treinamento (de sábado) fiz isso. Improvisei as batidas, que saíram da maneira certa. Você acaba colhendo o resultado. Hoje tenho um pouco mais de oportunidade para bater faltas. A saída do Gaúcho deixou o lugar vago. Não tenho preferência para bater, mas naturalmente a chance é dada sempre para quem está treinando. E eu estou sempre treinando.

Além de treino, Renato teve o auxílio de Felipe. Agora reserva da equipe, o goleiro deu dicas importantes ao companheiro.

- O Felipe já conhecia o Márcio de jogar contra, sabe como ele se coloca. Me ajudou nos dois gols. Antes de começar o jogo, disse que era para eu bater no canto do goleiro. A dica foi importante, o goleiro deu um passo. Pela distânica da bola, parecia que iria bater por cima, mas acabei surpreendendo. Na segunda falta, o Felipe falou que ele ficaria parado depois do que aconteceu na primeira. Falou para colocar por cima. Tomei distância, mas bati colocado. Nem bati forte, mas a precisão foi boa. Por isso comemorei com o Felipe. São dicas importantes, a gente acaba levando para dentro de campo.

Pelo Flamengo, Renato atuou 235 vezes e marcou 63 gols. Destes, 38 foram de bola parada - 15 de pênalti, 22 de falta e um olímpico.

Não foi a primeira vez que ele marcou dois gols de falta num jogo. Pelo Rubro-Negro, fez isso em duas oportunidades, ambas no Brasileirão de 2006. Em agosto, no empate por 2 a 2 com o São Caetano, e em outubro, na goleada por 4 a 1 sobre o Fluminense.

Em 16 meses de Flamengo, Ronaldinho Gaúcho, agora jogador do Atlético-MG, disputou 74 jogos com a camisa rubro-negra. Foram 28 gols marcados e apenas quatro em cobranças de falta. Na saída do clube, em 31 de maio, o jejum já passava de oito meses. O último gol marcado por ele de falta foi em 21 de agosto de 2011, no empate por 2 a 2 com o Internacional, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. Além de atuações ruins, o astro não conseguia mais corresponder nem num fundamento que sempre foi especialidade dele.
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