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Demóstenes se defende e diz que nunca teve ligações com Cachoeira

De Brasília - Vinícius Tavares

O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) promete insistir até o fim de suas forças para manter o seu mandato. Em discurso no plenário do Senado, nesta segunda-feira (02), o primeiro de uma série de pronunciamentos que fará até o julgamento por quebra de decoro parlamentar, dia 11 de julho, Demóstenes disse que vai provar que é inocente das acusações que lhe foram feitas.

O parlamentar afirma que há quatro meses está vivendo um calvário sem trégua, 125 dias de demolição sem sossego, sem paz. Ele alega não estar sendo julgado por um tribunal, mas sim pelos holofotes da mídia e garante que a consciência permanece limpa.

Demóstenes criticou a imprensa por possuir um incrível respertório de ofensas que provocam , segundo ele, uma destruição tijolo a tijolo. "Quando os temas se isaurem, requentam tudo. O mais do mesmo vira novidade como se acabassem de sair do forno".

De acordo com o parlamentar, sua saga é buscar os cacos de sua biografia, que se renova a cada dia na mídia.
"Onde couber um adjetivo pejorativo, ali estará meu nome associado. Nada fiz para desmerecer a descontrução da minha honra. Não há situação mais angustiante de olhar os olhos dos filhos e, ao invés de brilho, ver a pergunta: quando esta angústia vai acabar?", revelou.

Orientado por seus advogados, o senador tentou desqualificar as provas feitas pelas investigações da Polícia Federal que tiveram como base as escutas telefônicas que envolvem o empresário Carlinhos Cachoeira. Ele garante que nunca teve negócios legais ou ilegais com o bicheiro.

"Não, eu não tenho nem sociedade e nem nada a ver com as operações Vegas e Monte Carlo. Não coloquei meu mandato a serviço de Cachoeira. Nunca pedi nada de ilegal e nenhum deles nem a ninguém. Sempre defendi os interesses do meu Estado. Eu não percebi nem recebi vantagem indevida em troca de minhas ações no Senado. Nunca procurei senadores e senadoras para pedir a legalização dos jogos. Eu não tive servidores fantasmas e sempre agi de acordo com as regras vigentes na casa", argumentou.

Ao final, ele pediu perdão aos cidadãos que confiaram nele e pediu desculpas a todos os senadores, entre eles Jaime Campos (DEM), Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT).



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