A paracoccidioidomicose, uma doença ainda negligenciada e que atinge uma grande parte da população do Centro-Oeste, tem ganhado destaque na disseminação do conhecimento da endemia, graças aos trabalhos de pesquisa realizados pelo médico e pesquisador da Eescola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Ziadir Francisco Coutinho, em parceria com outros dois pesquisadores, Antônio Carlos Francesconi do Valle e Bodo Wanke.

A doença causada por fungo foi descrita pela primeira vez por Adolfo Lute ainda em 1908, mas somente nos últimos anos tem ganhado maior destaque em divulgação e por isso também só recentemente muitas pessoas que puderam identificar que estão contaminadas e iniciar o tratamento. Os trabalhadores rurais das regiões do sul, sudeste e centro-oeste são os mais atingidos e tem amparo no serviço público de saúde para o tratamento.

Apesar do nome complicado da doença, o tratamento, segundo especialistas, não é difícil e o tratamento é dividido em etapas de recuperação. Para os que convivem com os contaminados, podem ficar tranqüilos, pois a endemia não é contagiosa, mas deve-se ficar atento quando se inicia o aparecimento de seqüelas, para o diagnóstico correto. Pela falta de conhecimento, por muitas vezes a paracoccidioidomicose é confundida até com tuberculose.

Em entrevista ao jornal informativo da ENSP, Ziadir Coutinho destaca que o mais importante para limitar a contaminação dos trabalhadores é o diagnóstico correto da doença, e por isso a necessidade fugaz de levar o conhecimento sobre aos profissionais de saúde. Em busca dessa exposição, os pesquisadores desenvolveram um gibi informativo informando sobre os indícios da doença. Confira aqui o material