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IML aguarda por material para reconhecimento das vítimas

Folha Online

O IML (Instituto Médico Legal) informou nesta segunda-feira que aguarda o recebimento de material genético para poder realizar exames que vão auxiliar no reconhecimento de corpos de vítimas do acidente aéreo ocorrido na Bahia na última sexta-feira (22).

Na tragédia morreram 14 pessoas, quase todas da família do empresário Roger Ian Wright, sócio da Arsenal Investimentos, também morto no acidente.

Um total de dez corpos já foram reconhecimentos. Faltam identificar ainda os corpos de Lucila Carvalho Lins, mulher de Wright; Vera Lúcia Mércio, tia-avó do empresário; Nelson Caminha Affonseca (piloto), e de Rosângela Pereira Barbosa, babá de uma das crianças.

O IML informou que os chamados exames de antropologia forense --que se valem de materiais como prontuário de arcada dentária e ossos-- já estão sendo realizados mas ainda não possibilitaram o reconhecimento de todos. Devido a isso é mais provável que apenas o teste de DNA possa revelar a identidade dos corpos.

Até a noite deste domingo, foram identificados os corpos das seguintes vítimas: Roger Ian Wright; Verônica Luchsinger Wright Faro; Rodrigo de Mello Faro; Victoria Wright Faro; Gabriel Wright Faro; Felipe Luchsinger Wright; Heloísa Alqueres Wright; Francisco Alqueres Wright; Nina Pinheiro e Jorge Lang Filho, piloto da aeronave.

Ainda não há uma previsão para que os corpos sejam liberados. Assim que os corpos dos integrantes da família de Wright forem liberados pelo IML, eles serão encaminhados para São Paulo, onde devem ser enterrados no cemitério do Morumbi.

Acidente

O acidente ocorreu por volta das 21h de sexta-feira (22), a cerca de 150 metros da pista de um aeroporto privado do hotel Terravista. Testemunhas relataram ter visto uma explosão logo após a queda. Segundo a Polícia Militar, chovia muito no momento do acidente. A aeronave havia saído por volta das 18h30 de Congonhas (zona sul de SP).

A aeronave, um bimotor King Air B350, prefixo PR-MOZ, caiu entre os distritos de Trancoso e Arraial D'Ajuda.

Investigação

A FAB (Força Aérea Brasileira) irá apurar se um eventual defeito no motor do avião pode ter provocado o acidente que causou as 14 mortes.

O motor da aeronave, que já está no Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Recife (PE), será encaminhado nos próximos dias ao CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo), onde será analisado.

De acordo com o tenente-coronel aviador Henry Wilson Munhoz Wender, chefe da divisão de relacionamento com a imprensa da FAB, um possível problema no motor é apenas uma das hipóteses analisadas pelo órgão. Além disso, serão analisadas ainda a caixa-preta e outros destroços da aeronave.

"Quatro minutos antes do acidente o piloto avisou [a torre de controle aéreo] que estava tudo bem. Alguma coisa aconteceu nestes últimos quatro minutos, e é isso que precisamos apurar", disse Wender.

A caixa-preta com dados da conversa do piloto foi recuperada pela Aeronáutica e será analisada. 

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