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Reino Unido perde histórico médico de milhares de pacientes

Folha de S.Paulo

Os históricos médicos de milhares de pacientes foram perdidos no Reino Unido em uma série de graves erros de segurança por parte do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês). Segundo reportagem do jornal "The Independent", entre janeiro e abril deste ano houve mais de 140 erros do tipo --mais do que em todos os departamentos do governo central e das administrações locais juntos.

Segundo o comissário de Informação, Richard Thomas, as falhas colocaram em perigo o princípio da confidencialidade médico-paciente. Em declarações ao jornal, o comissário atribui os erros à atitude "despreocupada" dos empregados do NHS em todo o país.

Reivindicando uma reforma urgente da segurança desse tipo de dados no sistema de saúde britânico, o comissário de Informação deve nomear uma equipe de inspetores de examinar como se proteger os históricos médicos dos pacientes.

"Históricos médicos são muito detalhistas com dados pessoais. A lei determina que essas informações devem ser mantidas em sigilo, mas o NHS é, de longe, a pior ameaça ao serviço de [de saúde] público", afirmou Mick Gorrill, assistente da comissão de Informação.

"É preciso que haja uma percepção de que esse tipo de informação pode afetar a vida das pessoas e causar verdadeiros traumas se isso for divulgado. Assim como nenhum médico deveria revelar esse tipo de informação de um paciente, o serviço de informação também deveria agir da emsma forma."

Um médico de família, por exemplo, descarregou todo um banco de dados de pacientes, incluindo os históricos médicos de dez mil pessoas, em um notebook sem mecanismos de segurança.

Em outro caso, um centro de atendimento do norte de Londres jogou no lixo os nomes, endereços e notas médicas de 2.500 pacientes, como denúncia o periódico.

Houve casos de cópias feitas para notebooks sem uso de sistemas para criptografar os dados. Segundo o jornal, outras dezenas de computadores portáteis com os dados foram roubados ou esquecidos pelos funcinários federais.

O Ministério da Saúde lançou uma chamada urgente aos diretores dos hospitais britânicos para que consertem os erros de segurança que médicos, enfermeiras e outros profissionais cometem.

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