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Microsoft abre mão de defesa verbal sobre acusações da UE
EFE
A companhia de informática Microsoft abriu mão da audiência verbal a que tinha direito, a fim de se defender das últimas acusações da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia). No processo, a CE acusa a empresa norte-americana de softwares por práticas anticompetitivas, ao adicionar o navegador Internet Explorer automaticamente no Windows.
O executivo da UE confirmou nesta segunda-feira (25) que a Microsoft retirou sua solicitação de audiência oral--cuja realização estava prevista para entre os próximos dias 3 e 5 de junho-- no caso aberto no final do ano passado, após receber várias denúncias de concorrentes.
A companhia esclareceu que pediu à CE uma mudança de data, perante a coincidência com a reunião da Rede Internacional de Concorrência (ICN, na sigla em inglês), um encontro mundial que ocorre em Zurique ainda neste ano.
A Microsoft teme que muitos dos principais responsáveis em matéria de concorrência, tanto da UE como dos Estados-membros do bloco, estarão esses dias em Zurique e não poderão presenciar a audiência da CE em Bruxelas.
Segundo a empresa, a CE se negou a oferecer uma data alternativa, alegando que não contava com salas adequadas, o que levou a companhia a abrir mão da audiência.
O porta-voz da UE para o assunto, Jonathan Todd, se limitou a assinalar que a Microsoft "retirou" seu pedido e apontou que a Comissão Europeia levará em conta todos os argumentos expostos pela empresa em sua resposta escrita.
O braço executivo da UE ameaçou a companhia fundada por Bill Gates com uma nova multa, perante a suspeita de que teria voltado a abusar de sua posição de líder de mercado.
Segundo a CE, a incorporação do Internet Explorer no Windows oferece ao navegador uma vantagem de distribuição sobre seus concorrentes --os principais são Mozilla Firefox, Apple Safari e Google Chrome.
A Microsoft já recebeu várias sanções milionárias de Bruxelas devido a práticas anticompetitivas.