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Notícias / Ciência & Saúde

Ipea recomenda investimentos no setor espacial brasileiro

G1

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (11) um estudo no qual recomenda à iniciativa privada o investimento no setor espacial como uma boa oportunidade de negócios no Brasil.

Segundo Flávia Schmidt, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, uma das autoras da pesquisa, o setor espacial constitui “um campo muito fértil” para quem investe no Brasil.


Satélite CBERS-3, parceria entre o Brasil e China (Foto: Inpe/Divulgação)Um decreto emitido no dia 28 de junho estabelece que o Brasil implante até dezembro de 2014 o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, com participação dos ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

“A gente tem uma oportunidade muito boa”, afirmou Schmidt. Para ela, as empresas nacionais que atuam no setor “têm um potencial muito grande para desenvolver”.

Criado para ser a 'Nasa brasileira', Inpe completa 50 anos Brasil prepara lançamento de satélite para levar banda larga ao país inteiro China pode romper com Brasil se satélite não sair até 2012, diz AEB Economia pode afetar programa espacial brasileiro, diz diretor do Inpe Segundo o estudo, a Visiona, uma parceria – joint-venture – entre a Telebrás e a Embraer para o projeto do satélite, é um exemplo de empresa com potencial de desenvolvimento no setor.

O levantamento mostrou ainda que o setor exige uma mão-de-obra mais qualificada que a média. Por isso, um dos grandes desafios que as empresas nacionais terão pela frente é o investimento em capital humano.

Outro problema importante que o Brasil ainda precisa superar para tornar o setor espacial mais competitivo em relação a outros países é a questão institucional. Na visão de Schmidt, os órgãos ligados ao programa espacial, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), deveriam ter uma integração maior.

“A despeito desse cenário positivo, ações ligadas à política industrial não serão, entretanto, suficientes para a competitividade e sustentabilidade das firmas do setor. [...] Os avanços da indústria são condicionados ainda ao fortalecimento das instituições ligadas à atividade espacial”, conclui o estudo.

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