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Governo diz que informou famílias de pacientes do Iaserj sobre mudança

G1

Parentes de pacientes internados na UTI do Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) foram informados da transferência dos doentes e, no sábado (14), foram convidados a conhecer as instalações do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio, para onde os pacientes foram transferidos, informou a Secretaria estadual de Saúde em nota na manha deste domingo (15) em seu site.

Na madrugada deste domingo, os pacientes do Iaserj foram transferidos para outros hospitais da rede estadual, com a proteção de policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e sob protestos de funcionários do hospital.

O terreno onde fica o prédio do Iaserj foi cedido em 2008 pelo governo do estado ao Instituto Nacional de Câncer (Inca). “Dois motivos levaram Governos Federal e Estadual a essa decisão. O primeiro deles, o aumento da demanda por tratamento de câncer à população do Rio de Janeiro e a consequente necessidade de ampliar a capacidade de atendimento do Inca. O segundo, o fato de desde 1999 o servidor do Estado do Rio de Janeiro não mais contribuir para a manutenção do Iaserj, levando a uma redução drástica de produtividade na unidade Central. A função do Estado é investir os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde coletiva e não exclusiva de grupos de profissionais”, explicou a secretaria.

Segundo a secretaria, o governo do Estado do Rio recebeu do governo federal, como contrapartida, o prédio onde funcionava o antigo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), que até o fim do ano abrigará o Hospital Estadual do Cérebro. Ainda de acordo com a secretaria, a presença da polícia foi uma ordem judicial.

A Secretaria de Saúde informou ainda que, para realizar a migração dos pacientes, foi montada uma ação envolvendo mais de 40 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, equipe de humanização e bombeiros. Uma junta médica analisou prontuários, exames e o estado clínico de cada paciente para determinar a condição de transferência. Dos 12 leitos de UTI do Iaserj, 11 estavam ocupados. Dez desses pacientes foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, que passou a ter 24 leitos de UTI, informou a secretaria.

Paciente grave não foi transferido
O 11º paciente internado na UTI do Iaserj, com múltiplos enfartes e AVCs, não teve condições de ser removido de forma segura e permaneceu no hospital, segundo a secretaria. Já um paciente que estava internado em leito comum do Iaserj, foi avaliado pela junta médica que decidiu que havia necessidade de internação em UTI e ele também foi levado para o Getúlio Vargas.

Segundo a secretaria, 31 pacientes de enfermaria e do pronto-atendimento do Iaserj foram levados para os hospitais estaduais Albert Scweitzer, em Realengo, na Zona Oeste; Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio; Eduardo Rabelo (Iaserj Campo Grande), em Campo Grande, na Zona Oeste; Melchiades Calazans, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e São Francisco de Assis, na Tijuca, Zona Norte. A secretaria informou que os parentes desses pacientes também foram informados da necessidade de transferência, compareceram ao Iaserj, onde foram recebidos pela equipe de humanização, e puderam escolher entre as vagas existentes na rede.

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