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Maluf e Brito são os preferidos de candidatos 'rebeldes' do PDT

Reportagem local - Jonas da Silva

Uma parte dos vereadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) estaria em contato com os candidatos adversários de Mauro Mendes (PSB) em Cuiabá, os concorrentes Guilherme Maluf (PSDB) e Carlos Brito (PSD).

Consultado, o presidente da Comissão Provisória da sigla em Cuiabá, Kamil Fares, diz que o assunto existe e o partido vai se reunir nesta segunda-feira (16) para decidir sobre um caso de vereador desertor.

"A informação que tenho é que tem um vereador que pede voto para o Maluf. Vamos reunir amanhã a Comissão Provisória e discutir isso", revela. Ele diz existir gente de todo tipo de comportamento nos partidos, mas sugere até avaliação psicológica do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para escolha e registro de candidatos.

"Sinto muito, mas essas pessoas deixaram de ter direito moral de representar alguém. O TRE deveria falzer avaliação psicológica e psicotécnico para ver se tem capacidade psíquica de representar a população. Nós não fazemos teste psicotécnico quando tira carteira habilitação?", resigna-se

Maluf confirma o interesse, já Brito preferiu não polemizar e diz, por meio de assessoria, "não existir nada nesse sentido". O PDT do senador Pedro Taques tirou em convenção coligar-se com o candidato do PSB.

Em contato com a assessoria do empresário Mauro Mendes ele informou que não tem conhecimento sobre o assunto e nem irá se manifestar, pois quem deve resolver isso é o próprio partido. 

Fontes

Três fontes ouvidas pelo Olhar Direto, duas delas anônimas, confirmam o movimento comum de época eleitoral. Nesta semana, a reportagem mostrou a infidelidade de vereadores.

"É verdade. No início de campanha começa ter isso sempre, depois acomoda. Fui procurado por alguns candidatos a vereador, não só desse partido, mas de outros. Uns dois ou três", responde o tucano quando perguntado sobre concorrentes do PDT que o teriam procurado.

"Correto, fui procurado", reafirma, diante da insistência da reportagem. Ele não quis declinar as outras siglas que o procurou.

Outra fonte que pediu reserva, foi mais enfática. "O Mauro fez reunião com os candidatos do PDT e ficou acertado santinho para propaganda, o que é normal", diz "Eles teriam reunião para definir de vez essa situação, a coisa está feia".

Uma terceira fonte reforça. "O Mauro está com a ideia de que pode ganhar, então os vereadores não têm tanto apoio. Eles receberam acordo de 50 mil 'santinhos' e 50 litros de gasolina por semana. Normalmente o candidato quer 300 mil santinhos impressos e 300 litros de gasolina", aponta a fonte sobre motivos de eventual desavenças.

Histórico

Embora Brito não tenha se pronunciado sobre o caso, é notório que algumas lideranças do partido tem boa relação com ele e poderiam apoiá-lo, mesmo com o PDT em outra coligação.

Elas foram conquistadas na época em que ele era da sigla, no início da década de 1990, quando o ex-governador Dante de Oliveira foi prefeito de Cuiabá e posteriormente em 1994 se elegeu ao governo e Brito era vereador. 

É do mesmo período em que o atual candidato do PSD foi presidente da Câmara de Cuiabá e até assumiu a Prefeitura de Cuiabá.
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