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Cissa Guimarães reage com revolta à decisão sobre atropelador de seu filho

G1

A atriz Cissa Guimarães reagiu com revolta à decisão da Justiça de que o acusado pelo atropelamento e morte do seu filho, Rafael Mascarenhas, não irá mais a júri popular. Segundo decisão do juiz Jorge Luiz Le Cocq, da 2ª Vara Criminal, Rafael de Souza Bussamra teve alterada a acusação de homicídio doloso (quando há intenção de matar) para homicidio culposo de trânsito (quando não há intenção), crime previsto no Código Brasileiro de Trânsito.
Cissa Guimarães reagiu com indignação no Twitter ao saber de decisão sobre atropelador do seu filho, Rafael Mascarenhas, morto em 20 de julho de 2010 (Foto: Reprodução de internet)Cissa Guimarães reagiu com indignação no Twitter ao saber de decisão sobre atropelador do seu filho, Rafael Mascarenhas, morto em 20 de julho de 2010 (Foto: Reprodução de internet)

"INDIGNADA, INDIGNADA, INDIGNADA, INDIGNADA, DOíDA, DOíDA, DOÍDA.....", escreveu a atriz no Twitter, após postar um link com a reportagem do G1 sobre a decisão, divulgada na sexta (20), data em que a morte de seu filho completava exatamente dois anos. Rafael Mascarenhas foi atropelado no dia 20 de julho de 2010, no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. "MAS A LUZ DO NOSSO ANJO RAFAEL JUIZ NENHUM VAI TIRAR, NUNCAAAAAA!!!", completou no Twitter.

Como homicídio doloso é julgado em tribunal de júri, outros acusados do caso — que não participaram diretamente do atropelamento — também seriam julgados no mesmo processo. Mas a nova decisão levou o caso para uma vara criminal comum e ainda extinguiu a punibilidade (possibilidade de punição) de dois acusados.

"Acho que não houve, em nenhum momento, um crime doloso contra a vida. Estu convicto de que se tratou de um delito de circulação, um acidente de trânsito", disse Alexandre Dumans, advogado de Rafael.

O pai, Roberto Bussamra, foi denunciado por corrupção ativa e por tentar induzir a erro o agente policial, o perito ou o juiz. O irmão de Rafael, Guilherme de Souza Bussamra, foi denunciado apenas por este último crime, enquanto Gabriel Ribeiro, que dirigia o outro carro, responde por participação em corrida não autorizada.

Na decisão, o juiz extinguiu a punibilidade de Guilherme e de Gabriel, que ainda recuperou sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Por meio de sua assessoria de imprensa, Cissa Guimarães disse esperar que "a justiça seja feita". Segundo Técio Lins e Silva, advogado da família, a decisão sobre o recurso será tomada na próxima semana.

"Tomaremos, semana que vem, uma decisão que seja compatível com os interesses da família e do Ministério Público que eu auxolio, e que é o dono da ação penal", afirmou.
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